Mineradora de calcário marinho projeta expansão para o exterior
14/10/16
A Algarea Mineração, empresa de pesquisa e extração de minérios marinhos sediada no Rio de Janeiro, disse ao Notícias de Mineração Brasil (NMB) que ?em breve haverá uma grande expansão da empresa e seus produtos, nacionalmente e também internacionalmente?. Hoje, a maioria das concessões da Algarea junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) estão no Espírito Santo.?O Espírito Santo foi o Estado com melhor posicionamento dentre todas as pesquisas de exploração, então diante da boa recepção ficamos no Estado, mesmo a fábrica hoje ainda estando no Rio de Janeiro?, afirma Nelson Taborda, sócio da Algarea, em entrevista por e-mail ao NMB.
Segundo o site da empresa, a jazida atualmente em explotação está localizada a 24 quilômetros do litoral de Itapemirim. A extração é realizada a uma profundidade entre 13 e 20 metros, de forma pontual, controlada por GPS, com utilização de draga de caçamba. A draga está fixada em embarcação auto-propulsante, com capacidade de transportar até 1.100 toneladas de matéria-prima por viagem.
De acordo com dados do website Jazida.com, a mineradora possui, no Brasil, 24 processos junto ao DNPM, todos nos municípios capixabas de Marataízes, Presidente Kennedy, Itapemirim e São Francisco de Itabapoana. Porém, segundo apurou o NMB, por meio do sócio Celso Pires Martins, a Algarea também tem autorizações de pesquisa no Piauí, no município de Luís Correia, no momento paralisadas por não seguirem o padrão de qualidade mineral que a empresa exige.
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?Temos pesquisas no Brasil todo e também algumas pesquisas em andamento no exterior, onde mapeamos as melhores reservas em lugares diversos, com maior foco em mares brasileiros?, diz Taborda, que por motivos jurídicos e empresariais preferiu não exemplificar o local das pesquisas fora do país.
Fundada em 2000, a Algarea é resultado de estudos e pesquisas realizadas desde 1985 sobre o litotâmnio (lithothamnium, em inglês), minério encontrado no Brasil, rico em cálcio e magnésio. Segundo Taborda, a Algarea está em um processo de transformação de ?dentro para fora faz parte hoje de um grupo com outros braços?, onde se encaixa a expansão da mineradora dentro do território nacional e internacional.
?Antes do fim de ano a empresa vai apresentar sua nova estrutura em uma festa de lançamento da nova Algarea e seus parceiros, novos produtos, novos mercados não explorados, uma parceria internacional, 2 novas unidades fabris, um moderno sistema de extração em acordo com uma grande empresa de navegação, que nos dará o quíntuplo de capacidade de extração, uma parceria bancária com instituição americana, lançamento do primeiro e único certificado financeiro mineral cotado em bolsa de valores baseado na commodity Lithothamnium, novo quadro acionário e estrutural moderno e que incorporaram a empresa em uma arrojada estrutura global?, declara Taborda.
Atualmente, a empresa possui duas linhas de produtos: o Afertil, usado na carnicultura e na nutrição vegetal, como fertilizante, e o Superal, que tem uso na nutrição animal, por meio de ração, sais minerais e aquicultura. De acordo com a Algarea, o lithotamnium ainda tem aplicações possíveis no tratamento de água, biotecnologia, cosméticos, medicina e na siderurgia, como no aço, alumínio e pelotas de minério de ferro.
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Notícias de Mineração Brasil