07/02/17

A Massari Mineração, mineradora que tem uma operação de extração de calcário, dolomito e filito em Salto de Pirapora, no Estado de São Paulo, está com um projeto-piloto para utilização da Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) em sua planta. De acordo com a empresa, o objetivo é oferecer medidas de prevenção e segurança mais específicas aos seus empregados.”Todos os trabalhadores vão ter esse wearable, esse vestível, para podermos agora popular um banco de dados, o Big Data, para podermos fazer a predição dos acidentes: onde são os locais mais críticos dentro da mineradora, onde se tem atitudes mais arriscadas para preservar a vida do trabalhador”, afirma o CEO da RobbIoT, empresa responsável por implantar a IoT na mineradora, Roberto Williams, em entrevista ao website Olhar Digital.Nos próximos seis meses, sensores acoplados aos coletes e capacetes dos mineradores vão captar informações para mapear a vulnerabilidade da planta. Aproximadamente 60 trabalhadores já utilizam os dispositivos vestíveis desde dezembro do ano passado. A previsão é que a primeira análise de dados seja feita em meados de março. Por enquanto, os dispositivos são capazes de coletas três informações de extrema relevância para encontrar vulnerabilidades dentro da mina.”Então vai ficar mais fácil a gente monitorar, porque é uma área muito extensa. Eu não consigo estar em todos os ambientes e as pessoas às vezes acabam não relatando os pequenos acidentes. Por exemplo, se alguém cair eu não fico sabendo, agora eu vou ficar sabendo”, diz Dalva Proença, responsável pela segurança na mineradora.Em um próximo estágio, a expectativa é que, com a evolução dos sensores embarcados na solução, seja possível também medir os níveis de poeira, ruído e exposição à radiação solar. Segundo Williams, a utilização do serviço de localização por meio da IoT também ajuda a evitar que alguma pessoa não autorizada tente operar algum equipamento na operação.Toda tecnologia aplicada vai além dos sensores. A lista começa com uma solução bastante moderna de análise de Big Data que transforma dados em decisões mais inteligentes; há também uma central de gerenciamento dos dispositivos conectados, neste caso os wearables em coletes e capacetes; e, por fim, uma plataforma de processamento de análise de dados em nuvem.De acordo com o website Jazida.com, a Massari Mineração possui sete processos junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Além de uma concessão de lavra em Salto de Pirapora (SP), a empresa tem outros cinco requerimentos de lavra na cidade e um em Guapira (SP).
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