Mineração Taboca e Governo do AM preparam inauguração do 1º Laboratório de Hidrometalurgia do estado
14/06/21
Destinado a formação de profissionais especializados e altamente qualificados em um dos ramos da mineração com maior destaque na atualidade, a Mineração Taboca, em parceria com o Governo do Amazonas, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam) concluiu as obras do primeiro Laboratório de Hidrometalurgia do Estado. A estrutura, com previsão para entrar em operação ainda no primeiro semestre de 2021, está instalada em Manaus, na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), e será utilizada para capacitar os acadêmicos do curso de Engenharia Química na extração – por meio de reações e processos químicos controlados – de minerais estratégicos e terras raras a partir da columbita retirada pela empresa na Mina de Pitinga (no município de Presidente Figueiredo), para produção de ligas metálicas com altíssima qualidade e maior valor agregado para atender à crescente demanda no mercado nacional e internacional.
De acordo com o gerente de Processos e Qualidade da Mineração Taboca, Denilson Coutinho, o laboratório é resultante do projeto de formação e capacitação de mão de obra especializada para suportar os projetos de expansão e crescimento da Mineração Taboca, através de aperfeiçoamento das operações e novos produtos.
A Mineração Taboca tem, ao longo dos últimos três anos, focado em projetos de desenvolvimento de novas rotas tecnológicas para a expansão da produção dos produtos existentes, como de novos produtos portadores de metais com alto valor agregado e elevada importância tecnológica para o mundo.
Anteriormente, segundo Coutinho, a Taboca promoveu o intercâmbio de professores e acadêmicos amazonenses com especialistas em hidrometalurgia de outras partes do país, com foco na formação técnica e transferência de conhecimento estratégico para a equipe da Universidade do Estado do Amazonas. “A partir de agora, os profissionais serão formados aqui, com docentes locais e com um imenso campo de trabalho, não apenas na Taboca, mas também em empresas”, explicou. O gerente acrescentou ainda, que a mineradora também irá dispor aos acadêmicos o know-how adquirido ao longo dos anos em hidrometalurgia e no processamento de minerais estratégicos para o mercado brasileiro – o que irá possibilitar a sustentação dos projetos de ampliação de outros minerais, além do estanho, nióbio e tântalo que já se produz na Mineração Taboca.

Laboratório de Hidrometalurgia – crédito: divulgação
Denilson Coutinho destaca também que o primeiro Laboratório de Hidrometalurgia do Amazonas foi projetado para ser ampliado em módulos, caso haja necessidade, como por exemplo, no aumento de demanda de capacitação técnica e desenvolvimento em pesquisa. Pesquisa e Desenvolvimento Paralelamente ao Laboratório de Hidrometalurgia em Manaus, a Mineração Taboca também está desenvolvendo dois importantes projetos relacionados com a pesquisa e o desenvolvimento de novos produtos a partir do minério extraído na Mina de Pitinga.
Na cidade de Ouro Preto (MG), juntamente com a Fundação Gorceix, a empresa está desde 2020, atuando na implantação e Operação de uma planta piloto destinada a recuperar minerais estratégicos dos rejeitos e assim aumentar a produção da empresa. E em São Paulo (SP), em parceira com o Laboratório de Reciclagem, Tratamento de Resíduos e Extração (Larex) – centro de pesquisa científica que pertence ao Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica (POLIUSP) – a Mineração Taboca está atuando na implantação de uma planta de hidrometalurgia e calcinação com objetivo de extração das Terras Raras, além da limpeza da columbita produzida em Pitinga. Essa columbita, de alta pureza, será enviada para um outro laboratório que está sendo montado junto ao Instituto de Pesquisa Tecnológico da USP – IPT, para a produção de novas ligas metálicas de alta qualidade feitas de nióbio e tântalo.