Mineração: nova operação mostra que consolidação do setor está longe de terminar
21/11/06
SÃO PAULO – O negócio entre a Freeport McMoRan e a Phelps Dodge, anunciado no início desta semana, mostra que a tendência de consolidação do setor de mineração está longe de acabar.
Estimada em US$ 25,5 bilhões, a proposta da Freeport é apenas mais uma entre as muitas que aconteceram este ano. Entre elas, a da Vale pela mineradora canadense Inco.
Os porquês Muitos motivos podem ser apontados como causas para a aceleração das fusões e aquisições no setor mineração nos últimos anos.
O principal, dizem os analistas, talvez seja a escalada dos preços e da demanda global por metais, que amplia a capacidade de geração de caixa das empresas e facilita as operações.
Outra razão importante é a escassez de novas minas, que reduz a possibilidade de crescimento orgânico das empresas e motiva a expansão via aquisições.
Benefícios?
Como não podia deixar de ser, a consolidação do setor vem trazendo grandes benefícios para as empresas do setor de mineração.
Isso porque, lidando com mercados muito mais pulverizados, as mineradoras vêm conseguindo sucesso nas negociações de preços em contratos de longo prazo.
Um bom exemplo disso é o mercado de minério de ferro, no qual as mineradoras vêm levando a melhor contra as siderúrgicas nas negociações já há alguns anos.
Mais por vir?
Analistas comentam que o Grupo México SA e a Antofagasta podem ser os próximos alvos de aquisição entre as mineradoras.
Negócios envolvendo outras empresas do setor, porém, não seriam surpresas, já que, como Inco e Phelps Dodge puderam perceber, nem mesmo as compradoras estão livres de propostas.
Info Money