Mineração continua em alta no Brasil
10/02/08
Setor mineral terá grande expansão a exemplo do que ocorre no Rio Grande do Norte com a produção mineral pela MaghSão Paulo – O setor de mineração brasileiro lidera a lista de investimentos no período de 2008 a 2011. O conjunto da atividade mineral, segundo levantamento da VAE Consultores, aplicará R$ 50,4 bilhões, capital que financiará o crescimento da exploração mineral no Brasil (da busca de ouro ao minério de ferro, passando por cobre e níquel), além de pesquisas de novas reservas no subsolo brasileiro. No rastro da mineração vem o siderúrgico. A VAE identificou planos para R$ 26,9 bilhões. Juntos, os setores responderão por R$ 77,3 bilhões dos R$ 136 bilhões previstos até 2011. Entre os projetos considerados nesse levantamento estão a duplicação da capacidade de produção de minério de ferro em Carajás, com a abertura da mina de Serra Sul em Carajás, a abertura de jazidas de cobre e níquel e a ampliação da estrada de ferro Carajás, por onde a Vale escoa o minério para o mercado internacional. O trabalho incluiu projetos como o da MMX (que desenvolve agora com a Anglo American três sistemas, localizados no Amapá, Minas Gerais e Corumbá). A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) também foi incluída na lista, com planos de expansão da produção de aço para o mercado internacional e, principalmente, por causa dos investimentos na expansão da produção de minério de ferro na mina Casa de Pedra, localizada em Congonhas, município da região do Quadrilátero Ferrífero mineiro. A compilação dos projetos de infra-estrutura em todo o País apontou que o setor energético receberá R$ 21 bilhões, o que inclui a construção de linhas de transmissão e de novas usinas, como o complexo hidrelétrico de Jirau, no rio Madeira. Ainda em 2008, o Ministério de Minas e Energia pretende fazer a licitação pública para a concessão da licença para construção da usina Santo Antônio, também no Madeira. O setor rodoviário, entre concessões e obras governamentais, receberá R$ 19 bilhões em capital para investimentos. Os demais setores são: saneamento (R$ 8,7 bilhões), concessões (R$ 5,4 bilhões) e ferrovias (R$ 4,4 bilhões). A conclusão do estudo da VAE Consultores, mais do que apresentar os números, alerta para uma importante mudança de comportamento. O investimento em infra-estrutura no Brasil voltou a ser um bom negócio. Segundo Francinett Vidigal, diretor-presidente da consultoria, a estabilidade econômica e política, somada à baixa atratividade dos juros internacionais, tornou o Brasil opção para remuneração do capital. Entre as mudanças principais está a redução das taxas de retorno dos investimentos, relata o consultor. No início dos anos 1990, quando o Estado de São Paulo decidiu implantar um programa de concessão de rodovias, os investidores exigiam taxas de até 20% de retorno por ano. ?Essa taxa caiu para 5% a 9%. É uma mudança fenomenal?, diz Vidigal.
Tribuna do Norte – RN