11/04/14

Por ser uma atividade explorada em municípios do interior do País, muitos deles bastante distantes dos principais centros urbanos, a mineração acaba levando muitos benefícios econômicos e sociais à população dessas regiões. O empresário Domingos Sávio, que recentemente assumiu a presidência do Sindicato das Indústrias Extrativas de Goiás e do Distrito Federal (Sieeg), lembra que Catalão ganhou um novo rumo com a mineração, enquanto Barro Alto experimentou uma verdadeira revolução.
O economista e mestre em Geografia Ubajara Berocan Leite, especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental do Ministério do Planejamento, lembra que um dos maiores benefícios foi o melhoramento de infraestrutura. Ele dá o exemplo do Norte de Goiás, que recebeu vários investimentos em infraestrutura viária graças à instalação de mineradoras na região.
Segundo Ubajara, também foram visíveis os benefícios com a instalação de subestações de energia, que já não atendem mais a demanda atual. ?Nos últimos 50 anos, ocorreram fluxos migratórios motivados pela instalação de empreendimentos industriais de mineração?, destaca. No setor secundário, houve a instalação de unidades voltadas à primeira fase da transformação mineral, como ocorreu na produção de carbornato de níquel e ferro-níquel. No terciário, novas atividades foram criadas para atender a demanda da mineração.
A maior disponibilidade de energia beneficiou a agricultura e pecuária, que melhoraram sua produtividade. As unidades de mineração também atraíram escolas técnicas e de qualificação profissional, como o Senai, para a região. O avanço está em indicadores. No município de Crixás, onde está a Mineração Serra Grande, o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) saltou de 0,404 em 1990 para 0,708 em 2010. Em Alto Horizonte, que abriga a Mineração Maracá, o IDHM mais do que dobrou, de 0,342 para 0,719 no período.

Jornal O Popular