Metais sobem com pacote chinês
11/11/08
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Os metais básicos negociados na London Metal Exchange (LME) operavam em forte alta nesta segunda-feira impulsionados por coberturas de posições vendidas depois que o governo da China anunciou, no fim de semana, um pacote de US$ 586 bilhões para estimular sua economia. Os futuros avançavam em meio à esperança de que o pacote estimule a demanda por metais por meio de projetos de infra-estrutura. Mas traders e analistas afirmam que o pacote já foi amplamente embutido em suas projeções para a demanda por metais e, por isso, não deve mudar a tendência baixista que fez com que os preços caíssem mais de 50% em relação a máximas recordes. Às 8h32 (de Brasília), o cobre para três meses era negociado a US$ 4.040,00 por tonelada na LME, alta de 7,7% sobre o fechamento de sexta-feira. O alumínio ganhava 3,6% a US$ 2.025,00 por tonelada, e o níquel tinha valorização de 9,3% a US$ 12.000,00 por tonelada. O zinco subia 5,6% a US$ 1.152,00 por tonelada. Às 9h52 (de Brasília), o contrato do cobre para dezembro subia 9,37% para US$ 1,8565 por libra peso na Comex eletrônica. `Os metais estão em forte alta com o anúncio do pacote da China. Mas ainda há um longo processo para que a economia global se recupere, então continuarão ocorrendo altos e baixos nos preços`, disse um trader de Londres. Os mercados de metais básicos estão dominados por posições vendidas e apostas de que os preços irão cair. Tais condições geram potencial de altas com coberturas de posições vendidas como a que está ocorrendo hoje por conta do pacote da China, segundo a analista Gayle Berry, do banco Barclays Capital. `O anúncio da China é visto como um bom sinal para o mercado, e participantes com posições vendidas se viram forçados a cobrir posições`, disse ela. No entanto, ela acrescentou que o Barclays já esperava pacotes de estímulo da China para ajudar no desenvolvimento econômico, e que por isso a perspectiva para a demanda por metais não mudou significativamente após o anúncio do pacote. `Este é um movimento na direção certa para impulsionar o consumo, mas o pacote não ficou além do que esperávamos`, disse a analista. `Planos de infra-estrutura darão suporte aos metais, mas levará tempo para que isso aconteça.` Berry acrescentou que as exportações mostram forte queda e que isso manterá o consumo de metais reduzido em 2009. O Barclays projeta o crescimento da demanda por cobre na China em 2009 entre 3% e 4%, em comparação 8% em 2008. As informações são da Dow Jones. BNDES aprova R$ 1,42 bi para a Anglo American O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta segunda-feira (10) que aprovou financiamento de R$ 1,42 bilhão para a subsidiária brasileira da Anglo American. Os recursos correspondem a 46,4% de investimentos totais de R$ 3,1 bilhões da Anglo American Brasil na expansão da produção da mina de níquel de Barro Alto, em Goiás, e na implantação de uma unidade industrial, no mesmo local, para o processamento de 36 mil toneladas anuais de níquel contido em ferro-níquel. `O projeto da Anglo American, isoladamente, equivale, em termos quantitativos, à atual produção brasileira de níquel e permitirá, dessa forma, colocar o País em novo patamar produtivo`, diz nota do BNDES. `O empreendimento permitirá à empresa consolidar posição entre os grandes produtores globais de níquel`, informa o banco. Com a expansão, a produção da mina de Barro Alto passará a lavrar 3 milhões de toneladas/ano de minério em base seca. Uma parte será processada em Niquelândia (GO) e outra será destinada à nova unidade. A mina de Barro Alto está localizada a cerca de 170 km a noroeste de Brasília e a 150 km da operação de ferro-níquel da Anglo American-Codemin, em Niquelândia. Segundo o BNDES, a produção mundial de níquel é de aproximadamente 1,5 milhão de toneladas/ano, sendo o Brasil o sétimo maior produtor com o processamento, em 2007, de 37 mil toneladas. Atualmente, cerca de 60% do consumo mundial de níquel destina-se à produção do aço inoxidável. Rio Tinto vai cortar 10% da produção de minério de ferro em Pilbara A mineradora Rio Tinto anunciou na manhã desta segunda-feira (10) que está reduzindo a produção de minério de ferro em suas operações na região de Pilbara, Austrália Ocidental, em cerca de 10%, em razão da demanda reduzida de seus clientes. A companhia revisou em baixa sua estimativa de embarques de minério de ferro de Pilbara em 2008 para entre 170 milhões e 175 milhões de toneladas e seu executivo-chefe, Tom Albanese, disse que a demanda continua a desacelerar. `Esta redução é um movimento prudente para alinhar a produção com as exigências revisadas de entregas aos clientes à luz da queda na demanda chinesa no quarto trimestre`, disse Albanese em um comunicado divulgado à imprensa. `Acreditamos que isto será uma breve e acentuada desaceleração na China, com a demanda se recuperando no decorrer de 2009, na medida que os fundamentos do crescimento econômico chinês permanecerem saudáveis.`
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