25/02/08

Ao ritmo acelerado da produção da Vale em Minas, a exploração em Itabira, berço das atividades da companhia, alcançará o marco histórico, este ano, de 1 bilhão de toneladas retiradas das minas que a empresa começou a operar em 1942. A empresa contabilizou no país, no ano passado, 259,9 milhões de toneladas produzidas, perfazendo uma taxa de crescimento de 14,1% ao ano de 2001 a 2007. Com investimentos anunciados de US$ 59 bilhões até 2012, a meta é produzir 450 milhões de toneladas anuais, sendo metade nas reservas mineiras.`A indústria extrativa de Minas cresce às mesmas taxas da expansão chinesa. É a nossa contribuição para suprir essa avidez com que os chineses procuram minério no mercado internacional`, diz Silmar Silva, diretor da área de ferrosos da Vale. Puxada pela fabricação de automóveis e a extração mineral, a produção industrial mineira foi a que mais cresceu no Brasil em 2007, avançando 8,6%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).Mostra da aposta da Vale na riqueza mineral do estado, a empresa investiu R$ 188 milhões em pesquisa de 2005 a 2007. A região de Conceição do Mato Dentro vinha sendo alvo discreto de prospecções até o boom das compras chinesas, uma vez que a exploração na área exige recursos financeiros não só na lavra como na logística de transporte. Há pelo menos quatro projetos importantes para a empresa em Minas este ano. Em Barão de Cocais, a antiga mina de Gongo Soco, adquirida em 2000, receberá US$ 50 milhões num programa de expansão que dá sobrevida à reserva até 2013. A Vale está mudando instalações de lugar, retirando trilhos de ferrovia, laboratórios e caixa d`água para alcançar depósitos minerais que estavam escondidos. A produção chegará a 6 milhões de toneladas por ano e a expectativa é de manter 2 mil empregos diretos e nas empresas fornecedoras de serviços.O projeto Itabiritos, da então Minerações Brasileiras Reunidas, na Grande BH, começa a funcionar no segundo semestre. A ampliação vai consumir recursos de US$ 341 milhões em 2008, de um total de US$ 973 milhões. Em Catas Altas, na Região Central de Minas, a reserva de Fazendão já tem infra-estrutura pronta para iniciar a produção, ao ritmo de 17 milhões de toneladas anuais de minério. Os investimentos previstos somam US$ 129 milhões, dos quais US$ 106 milhões aplicados até janeiro passado. A empresa aguarda a licença do empreendimento.Nos municípios de Santa Bárbara e Caeté, Silmar Silva prevê a conclusão do projeto de engenharia para a abertura da mina de Maquiné Baú no mais tardar em junho. A etapa seguinte, que deve se estender pelo segundo semestre, é obter aprovação no Conselho de Administração da Vale. Estão estimados investimentos de US$ 2,2 bilhões para uma produção de 24 milhões de toneladas por ano.

Jornal do Commércio – RJ