Mapeamento geológico do Brasil está aquém do esperado
09/05/07
RIO – O novo programa de mapeamento geológico brasileiro avançou significativamente, mas ainda não conseguiu atingir seus objetivos, disse Serviço Geológico do Brasil (CPRM) em um relatório.
O Brasil completou 91 novos mapas, cobrindo 393 mil quilômetros quadrados, equivalentes a 4,62 por cento do território nacional, desde que o mapeamento foi reiniciado em 2003, disse a CPRM (sigla para Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais), ligado ao Ministério de Minas e Energia.
“Isso está bem abaixo do objetivo inicial do Programa Geológico Brasileiro, de 317 mapas cobrindo 2,07 milhões de quilômetros quadrados, ou 24,42 por cento do país, entre 2003 e 2006”, disse o relatório. “Entretanto, os resultados são extremamente significantes”.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva recomeçou o programa de mapeamento geológico em 2003, após um intervalo de mais de 30 anos.
O mapeamento tem a intenção de estimular novos investimentos e empregos em mineração, responsáveis por mais de 7 por cento do Produto Interno Bruto, disse a instituição.
De acordo com Cláudio Scliar, secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, três grandes propostas para encorajar o crescimento no setor de mineração foram introduzidas durante o primeiro mandato de Lula (2003-2006).
“Elas são a criação de um secretariado para formar uma política nacional de mineração, a modernização de do departamento de mineração nacional DNPM … e a retomada do mapeamento aerogeofísico”, disse Scliar.
“Foi feito mais mapeamento aerogeofísico nos últimos quatro anos do que nos últimos 40”, disse Scliar à Reuters em um recente evento industrial. “Tem muita coisa para ser feita ainda.”
O presidente da CPRM, Agamenon Dantas, disse no relatório que 10,3 por cento do território total do país, ou 875.168 quilômetro quadrados, foram mapeados pelo ar.
“Planejamos cobrir todo o Brasil em um escala de 1 para 500 mil até o fim deste ano”, disse Dantas.
O motivo pelo qual o mapeamento ainda não chegou ao seu objetivo principal está ligado a dificuldades não previstas e restrições orçamentárias, informou o relatório.
Jornal do Brasil