Maior contribuição vem da indústria
13/03/08
A indústria foi um dos principais motores do crescimento do Produto Interno Bruto em 2007. `Nosso crescimento está acima do PIB do País`, afirma Ralf Dreckmann, diretor da Voith Turbo. O faturamento da empresa deverá fechar em R$ 65 milhões no ano fiscal que se encerra em setembro de 2008, com crescimento de 20% puxado pelos negócios com os setores automotivo e de mineração. Na avaliação do Iedi- Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, a reativação da industria de transformação, que saiu de 2% de crescimento em 2006 para 5,1% foi a contribuição individual que mais ajudou a alcançar este resultado. O Instituto indica, em nota, dois problemas revelados nos dados das contas nacionais. A contribuição negativa das exportações de bens e serviços, tendo como fator relevante a questão cambial, para o desempenho de 2007. Outro fator decorrente do câmbio valorizado é o possível empobrecendo das cadeias industriais de produção. O incremento de 5,4% do PIB é superior à média dos quatro anos anteriores que ficou em 3,5% e, segundo a análise do Iedi, o resultado de 2007 está próxima da que deve ser a taxa de um país com a força econômica do Brasil. Ainda na avaliação do Iedi, na proporção do crescimento do PIB e do investimento certamente reside a característica mais relevante a sugerir continuidade do crescimento econômico. `A variação real do investimento, em 13,4%, correspondente a duas vezes e meia a variação do produto, é a melhor política antiinflacionária que o País pode ter, pois dinamicamente vai resolvendo o problema do abastecimento sem pressões sobre os preços.` A instituição observa que a taxa de investimento (relação entre formação bruta de capital fixo e PIB) em 2007 foi de 17,7%, com significativa expansão com relação ao ano anterior (15,9%). `O que precisamos agora é aproveitar esse crescimento e fazer os ajustes necessário`, afirma o economista Paulo Brasil, do Conselho Regional de Economia (Corecon). Estas providências passam pela aprovação do Orçamento, investimentos em infra-estrutura e controle de gastos públicos. `O setor produtivo fez o seu papel`, assinala Paulo Brasil. As ações, a partir deste resultado, estão ligadas ao `comportamento do poder público.`
Gazeta Mercantil