Mae e filho: curiosidade e paixão garantem mais conhecimento sobre a mineração
09/05/18
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 22% da população economicamente ativa trabalham no segmento industrial. Destes, 11,8% são mulheres, ou seja, do universo total de trabalhadores na indústria mais da metade (53,6%) são do sexo feminino. Muitas são mães e buscam conciliar no dia a dia seu trabalho com os afazeres da maternidade.
Comemorado no segundo domingo de maio desde 1918, o Dia das Mães será lembrado este ano pelo Portal da Mineração com uma série de conteúdos que evidenciam como as mulheres conciliam o trabalho com a rotina de cuidar da casa e dos filhos.
O objetivo da coletânea é celebrar a importância cada vez maior do papel feminino, em especial das mães, numa atividade extrativa muitas vezes vista como masculina, reunindo uma quantidade de material que valorize o trabalho delas dentro e fora da empresa.
Fiquem ligados: durante toda a semana postaremos novos conteúdo sobre o tema!
Carla Renata dos Santos e seu filho – crédito: divulgação
A exploração das riquezas que brotam do solo se confunde com a própria história do Brasil. Da busca por ouro e pedras preciosas no leito dos rios a escavações gigantescas que hoje usam tecnologia de ponta, lá se vão séculos de uma atividade que colocou o País entre os maiores produtores de minérios no mundo. Mesmo com toda essa importância para a economia do País, a atividade mineral ainda não é muito conhecida pela população de modo geral. Carla Renata dos Santos, advogada nascida em Minas Gerais, mesmo morando numa terra eminentemente mineral, até pouco tempo atrás não tinha muito conhecimento sobre essa atividade extrativa. Provavelmente o tema não lhe despertaria o interesse se exercesse o papel de mãe de Guilherme .Apaixonado por mineração desde os cinco anos.
Como ser mãe é também participar dos sonhos dos filhos, Carla comprava revistas e ajudava o filho em pesquisas na internet sobre o setor mineral. Segundo ela, nenhuma publicação com enormes máquinas utilizadas na extração de minério passava despercebida por Guilherme. “Meu filho, embora estivesse na época de alfabetização não conseguia digitar no teclado do computador direito, por isso, sempre nos pedia apoio para escrever o que ele queria pesquisar na internet. Lembro de ver meu filho assistir vídeos institucionais da Vale, Vallorec, Petrobras, Usiminas, Votorantim sobre mineração e programas na TV por assinatura que tratavam sobre o assunto”.
Carla conta que a partir daí começou a descobrir o mundo da mineração. “Com o tempo Guilherme dispensou o nosso apoio e, sozinho, passou a pesquisar. Seu prazer era contar o que havia conhecido. Seus carrinhos sempre foram tratores, caminhão fora de estrada, guindastes, cascalho, pedrinhas tudo que ele usava para fazer sua própria mineração como ele dizia. Sempre achei que esse interesse pela mineração passaria com o tempo, mesmo porque eu e meu marido não somos da área: eu sou advogada e ele, servidor público. Mas à medida que Guilherme amadurecia, seu interesse pelo setor crescia. Passei a comprar livros, enciclopédias e revista que ele escolhia sobre a temática”.
Sempre atenta aos passos do filho, Carla decidiu apostar em mais um sonho do menino: visitar a EXPOSIBRAM, evento bianual promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), em Belo Horizonte (MG). “Três meses antes ele pediu que eu o levasse, mas achei que não era sério. Mas quando faltava uma semana para a abertura da exposição, Guilherme apareceu com um dinheiro e disse que era para comprar o ingresso. Percebi então que seu interesse pelo setor já era uma coisa concreta e precisava levá-lo na exposição”.
Como as mães sempre se desdobram para ver os filhos felizes, Carla entrou em contato com os organizadores para viabilizar a entrada do menino, já que a visita aos estandes é proibida a menores de idade. “Quando dei a notícia que conseguido autorização para sua entrada, ele disse que seu sonho seria então realizado. Durante a visita pude comprovar toda a paixão do meu filho pela mineração, segundo ele, o maior presente que já havia recebido em toda sua vida”.
Para Carla incentivar o filho a conhecer mais o setor mineral, não só traçou o caminho profissional do menino, e a fez entender a importância da mineração em sua vida. “Após essa experiência, Guilherme diz que irá cursar engenharia de minas. E eu, por meio do encantamento do meu filho pelo setor, descobri como essa atividade é importante para o desenvolvimento do mundo. Tenho orgulho da sua escolha”.
Segundo ela, a mineração transformou a vida do filho, pois fez com ele abrisse o olhar para tudo que acontece à sua volta. “Guilherme se preocupa com tudo que envolve a mineração. Um dia ele me contou que estava atormentado com o fato de um país parar de exportar aço do Brasil e como isso afetaria as empresas quanto à produção e geração de emprego. Descobri que tenho um filho que olha não só para o presente, mas para o futuro de todos”.