Livro expõe proposta de modelo de sustentabilidade para Juruti
30/03/09
Os caminhos estruturais para promover o desenvolvimento sustentável de Juruti, no Oeste do Pará, estão disponíveis no livro ?Juruti Sustentável: Uma proposta de modelo para o desenvolvimento local?. A obra foi lançada na quinta-feira (26), no Escritório da Alcoa em Belém, como resultado da parceria entre o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVCes), o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e a Alcoa. Leia mais detalhes a seguir, na notícia da assessoria de imprensa da Alcoa.O livro apresenta a experiência de implementação do Projeto Juruti Sustentável desde a sua concepção, expondo orientações para a concretização de uma agenda pelo desenvolvimento local em curto, médio e longo prazos. Como se trata de experiência recente, impulsionada pela implantação do empreendimento de mineração da Alcoa em Juruti, a publicação retrata propostas, métodos e dinâmicas ainda em curso. A obra apresenta, ainda, entrevistas em profundidade com Franklin L. Feder, presidente da Alcoa América Latina e Caribe; Mario Monzoni, coordenador-geral do GVces; e Pedro Leitão, secretário-geral do Funbio. A expectativa é de que, uma vez implementado, este Projeto se configure num bem público a serviço de toda a sociedade.De acordo com Franklin Feder, a Mina de Juruti foi idealizada para conviver em total integração com a comunidade, contando com estratégias de sustentabilidade. ?Nossa intenção é fazer de Juruti o melhor projeto de mineração do mundo. Sabemos que pode ser algo inatingível, mas essa meta tem valor para nós e ajuda a mobilizar os corações e mentes dos Alcoanos?, declara o presidente da Alcoa. ?A mineração no Norte do País tem experiências muito negativas. Acreditamos que, se pudermos fazer de Juruti uma referência, será bom não só para o município, como também para a região Norte, para o setor mineral, para o Brasil e também para a Alcoa?, ressalta Feder.Essas metas da Alcoa foram traduzidas no Projeto Juruti Sustentável, que começou a ser implementado ainda em 2006, quando as obras da Mina de Juruti também se iniciaram, com as devidas licenças ambientais. Após uma série de pesquisas e discussões com uma equipe multidisciplinar, incluindo pesquisa de campo e levantamento da realidade local e regional, foi elaborado um relatório, denominado Juruti Sustentável: Diagnóstico e Recomendações, o embrião do Projeto JurutiSustentável. Tripé de sustentabilidadeO Projeto Juruti Sustentável visa a atender aos três aspectos do tripé de sustentabilidade, vislumbrando o desenvolvimento regional: respeito ao Meio Ambiente, Responsabilidade Social e Sucesso Econômico. Identificada como uma das aspirações da própria comunidade de Juruti, a implementação deste modelo é uma iniciativa voluntária da Alcoa, que se soma a todas as ações em andamento, decorrentes de requisitos legais para a implantação da Mina de Juruti (Planos de Controle Ambiental, Matriz de Compensação Coletiva do Assentamento Socó I) e a iniciativas voluntárias da Alcoa (Agenda Positiva).O Projeto já vem sendo trabalhado com êxito. E, além do Sistema de Indicadores de Sustentabilidade e do Fundo Juruti Sustentável (FUNJUS), que já teve sua primeira proposta de funcionamento apresentada, o Projeto conta com o Conselho Juruti Sustentável (CONJUS), um espaço público de diálogo entre as diversas partes interessadas no desenvolvimento local. Os indicadores devem constituir bases para apoiar as tomadas de decisão do Conselho, que, por sua vez, recomendam ao Fundo orientações sobre prioridades, investimentos e apoios financeiros. Cada componente do Projeto conta com a participação ativa de representantes de organizações civis, poder público local e empresas. ?No modelo, os indicadores e o fundo são ferramentas que apóiam o carro-chefe, que é a própria mobilização social. Os indicadores monitoram se as coisas estão indo para o lado certo e o fundo será um instrumento financeiro de compensação para tentar direcionar o desenvolvimento para onde deveria ir. Mas o crucial é a mobilização social e a construção do diálogo entre empresa, poder público e comunidade?, explica Mario Monzoni, coordenador-geral do GVces.O FUNJUS é caracterizado, segundo Pedro Leitão, secretário-geral do Funbio, como uma grande inovação. ?O fundo pode ser considerado um marco para o funcionamento do setor de mineração do Brasil?, declara Leitão, que acredita que essas ações são o caminho para um bom relacionamento com a comunidade. ?O retorno desse investimento é ser parte legítima e integrante dessa comunidade. Além disso, é só ver as carteiras de investimento das empresas consideradas sustentáveis. Essa atitude de responsabilidade socioambiental tem um retorno para além da capacidade de funcionar localmente de forma pacífica?.
Pará Negócios