Livro apresenta planejamento estratégico para mineração paraense
06/06/07
?Apresentar argumentos para que o Pará possa redefinir sua política mineral, bem como propor um modelo de política mineral alternativo, considerando os indicadores de desempenho do setor e a experiência de outros estados?. É a proposta da pesquisadora e professora da Universidade Federal do Pará (UFPA) Maria Amélia Ernandez, apresentada no livro ?Mineração no Pará: uma agenda pró-ativa para ampliar e potencializar os benefícios regionais?, lançado no dia 31 de maio, em Belém (PA).
Segundo a autora, a mineração é um importante elemento para o crescimento econômico paraense e deve servir como vetor para minimizar as diferenças entre o Brasil do norte e o do sul. Maria Amélia destaca que a mineração representa entre 8% e 18% do PIB do estado e se somado a transformação mineral, este percentual pode chegar a 30%.
O livro é uma iniciativa da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) e apresenta um planejamento estratégico para o crescimento da mineração paraense. As ações propostas pela pesquisadora passam por eixos como a sustentabilidade social, o aproveitamento das reservas minerais e a verticalização das cadeias produtivas. ?O objetivo foi reunir informações sobre os diversos aspectos em que o setor está inserido e vislumbrar um cenário futuro com os novos projetos em implantação. Hoje a área ambiental está bem atendida, já que os projetos não podem ser instalados sem apresentar um relatório de impactos. Porém, é necessário realizar ações mais concretas na área social e o papel do Governo é importante?, explica Amélia.
De acordo com o estudo, o Pará não tem mapeamentos geológicos suficientes para o descobrimento de novas minas, enquanto estados como Goiás, Bahia e Minas Gerais apresentam um avanço por patrocinarem programas de levantamento aerogeofísicos.
Para cada mina em atividade no Estado, há 3,5 paralisadas, além de 48 depósitos e minas parados. Outro ponto de destaque é a questão sócio-econômica. De 1991 a 2000, o Pará cresceu uma posição no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no Brasil, de 15º para 16º. Para a autora, uma das explicações é a dificuldade do Estado de captar as rendas vindas da mineração e transformá-las em projetos que façam diferença nos nosso indicadores sócio-econômicos.
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