Liderança inclusiva tem papel fundamental nos resultados das organizações
16/03/22
As boas práticas de ESG são realidade no mundo corporativo e tornou-se uma forma de avaliar se as operações das empresas são socialmente responsáveis, sustentáveis e corretamente gerenciadas. A definição do “S” de social engloba o respeito aos direitos humanos, à diversidade da equipe e o engajamento dos funcionários. Lideranças inclusivas têm um papel fundamental na criação e na implementação de estratégias que promovem a diversidade, equidade e inclusão (DEI) nas organizações.
O professor de programas de MBA USP/Esalq e diretor de Diversidade da FESA Group, Jaime Caetano de Almeida, debateu sobre este tema durante o painel “Liderança inclusiva e seus desafios”, realizado nesta quarta-feira, 16/3, na Diversibram – Semana de Diversidade e Inclusão da Mineração do Brasil.
Almeida ressalta que a maioria das empresas engajadas em ESG têm um posicionamento muito claro contra as injustiças sociais e qualquer tipo de preconceito. “O mundo está mudando e consequentemente as empresas. Estudos de diferentes fontes, como os realizados pela Mckinsey, mostram que empresas com maior diversidade de gênero e etnias alcançam resultados com maior rentabilidade”, diz.
Lideranças que priorizem estratégias e ações inclusivas são fundamentais nas boas práticas de ESG. O professor destaca que o que faz uma liderança ser inclusiva é a consciência do que é DEI; conhecimentos da demografia do país e da representatividade nas corporações; o entendimento da diversidade na sua própria equipe; a estratégia para complementar o time; a construção de um ambiente inclusivo; a atração e a retenção de talentos; e a gestão das diferenças como vantagem competitiva.
Almeida ainda ressalta que “um fator importante para que um líder seja inclusivo, além da consciência sobre DEI, é que ele tenha um posicionamento claro de quais são os seus valores a respeito da diversidade. Como ele pretende fazer com que a diversidade, equidade e inclusão aconteçam na sua equipe. Que ele seja um grande comunicador, embaixador de diversidade nos ambientes em que ele atua, seja na empresa ou na sociedade, de forma que possa inspirar outras pessoas a seguir o mesmo caminho”.
Não existe um modelo padrão para uma liderança inclusiva. Cada líder determina as melhores estratégias de DEI para a sua empresa. Entretanto, algumas etapas são fundamentais no processo. “Ele passa pelo momento de conscientização, compartilhamento com os funcionários da empresa, e que os líderes possam realmente praticar o que falam, ter uma fala harmonizada da diversidade e inclusão. É importante trabalhar as oportunidades e as necessidades identificadas como prioridades estratégicas, ter ações contundentes e fazer um acompanhamento”, avalia.
O professor ainda ressalta que “só após essas etapas é possível ter um olhar para a DEI como uma vantagem competitiva para o negócio. Ações inclusivas podem resultar na atração de talentos, pessoas que tenham interesse em trabalhar em empresas que, além da boa imagem dos seus produtos e serviços, desfrutam de reputação de empregadora justa, que olha para o social de uma forma sólida e que tratam a diversidade como um pilar importante”, finaliza.
O painel contou com a moderação da gerente de Desenvolvimento Humano da Nexa Resources, Camila Bertelli.
Sobre a Diversibram
A Diversibram – Semana de Diversidade e Inclusão da Mineração é um evento gratuito e online e terá programação até o dia 18. Foi criada para debater ações desenvolvidas pelo setor mineral em prol da inclusão e da diversidade. Abordará temas variados, como inovação, mudança de mindset para o ambiente de trabalho, vieses inconscientes, segurança psicológica, tendências de diversidade e inclusão para 2022 e os próximos anos.
Clique aqui e veja a programação completa.
A Diversibram conta com o patrocínio da Anglo American, ArcelorMittal e da Mosaic Fertilizantes e apoio da AngloGold Ashanti e da Mineração Caraíba.