Libra expande terminal no Porto do Rio
16/07/07
Grupo amplia área para importação de contêineres e agrega valor à operaçãoDesde que assumiu a presidência do T1-Rio, da Libra Terminais, no Porto do Rio de Janeiro, há cerca de 30 dias, José Eduardo Bechara passa a maior parte do tempo debruçado sobre série de novos projetos de expansão da capacidade de movimentação de contêineres do terminal, localizado na Ponta do Caju. Ele assumiu a unidade com determinação clara dos acionistas: ampliar os negócios da empresa. `Temos série de projetos em cursos. Nesse período, mal tive tempo de acompanhar a rotina do terminal. Nossos planos têm como objetivo agregar valor às operações e ampliar a escala de movimentação, com expansão de área do pátio e operações mais ágeis`, explicou Bechara, que substituiu Gustavo Pecly, que passou a presidente da Libra Terminais, responsável também pelo terminal de contêineres em Santos. O primeiro dos diversos projetos será inaugurado em agosto deste ano, quando entrará em operação o Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação (Redex), área destinada à movimentação de mercadorias para exportação, sob controle da fiscalização aduaneira. A unidade recebeu investimentos de R$ 2,5 milhões em equipamentos de movimentação e estufagem de contêineres.`No local funcionava terminal de armazenagem e reparos de contêineres vazios, afastado do cais do porto. Encerramos essa atividade e instalamos o Redex. Na unidade, os contêineres serão estufados com diferentes cargas, incluindo produtos pouco tradicionais como açúcar, minério e ferro gusa`, disse o diretor, acrescentando que o Redex fica em área de aproximadamente três mil metros quadrados. Bechara contou que o serviço era realizado, antes, dentro do pátio do terminal. Com a transferência do para a retroárea do terminal, a capacidade de estufagem será ampliada. Inicialmente, a empresa espera realizar 1 mil contêineres por mês do serviço. `Já temos contratos para estufagem. A transferência, contudo, aumentou a capacidade de realização do serviço e, por isso, precisaremos procurar novos clientes`, afirmou.A transferência aumentará a capacidade de armazenagem de contêineres importados, que cresce acima das exportações. Segundo o presidente do terminal, apenas as importações de produtos chineses aumentaram entre 20% e 30% nos últimos 12 meses. Em junho, foi importado um total de 3 mil contêineres, considerando variadas origens. `Os principais produtos importados são equipamentos de offshore, para atender à Petrobras, e borracha para a indústria de pneus, assim como papel bobina de jornal`, explicou Bechara, acrescentando que as importações representam 70% da movimentação de contêineres do terminal. `No caso dos produtos chineses, são os mais variados possíveis: textil, calçados, material plástico, eletrônicos`, disse ele. Guindades sobre trilho O crescimento do terminal passa ainda pela aquisição de um portêiner, uma espécie de guindaste sobre trilhos de grande porte. O equipamento foi importado e entrará em operação entre outubro e novembro deste ano. O portêiner tem capacidade de atender navios com capacidade de 6.500 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Outro plano do terminal, que será executado em curto prazo, é a instalação de um dolphins em seu cais, uma espécie de estaca que aumenta em 30 metros – sem a necessidade de expansão física do cais – a capacidade de atracação de navios. O projeto, de R$ 2,5 milhões, será voltado para o mercado de carga química líquida. `O projeto está em estágio avançado e iniciaremos, em breve, sua instalação`, acrescentou. O T1-Rio movimentou no ano passado 130 mil unidades (número que considera tanto contêineres de 20 pés quanto de 40 pés). Neste ano, a expectativa é de um crescimento de 6% a 7%. Segundo Bechara, o crescimento das importações não está compensando a queda nas exportações, movimento no qual embarca autopeças, produtos siderúrgicos e pneus, entre outros produtos.
Jornal do Commércio – RJ