Itataia: obras ainda dependem de licenciamentos
22/07/09
O projeto executivo já está concluído. Amanhã o INB e a Galvani Indústria assinam o contrato final para exploraçãoO contrato final para exploração da mina de Itataia será assinado amanhã, mas o início das obras ainda está dependendo da liberação dos licenciamentos ambientais. Mesmo com o impasse, o presidente da Galvani Indústria, Luis Antonio Bonagura, assegura que o cronograma do processo de implantação não será atrasado. O projeto executivo com toda a programação financeira, que detalha as fases e processos do empreendimento, já está concluído, como informou, com exclusividade, o Diário do Nordeste na edição do último dia 11 de julho.´Há um empenho ´agressivo´ da INB (Indústrias Nucleares do Brasil) no sentido de conseguir no mais curto período de tempo as licenças ambientais. As nossas expectativas são as melhores possíveis. Já temos uma licença prévia da Semace (Superintendência Estadual do Meio Ambiente) e estamos atualizando o documento no Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renováveis)´, explica Bonagura. ´Tão logo esses procedimentos estejam concluídos, começaremos as obras. As operações estão previstas para o início de 2012´, acrescenta o presidente da Galvani.Ainda na quinta-feira, será entregue ao BNB (Banco do Nordeste) o projeto detalhado do empreendimento, com as fases e os processos de execução da obra. O investimento total está estimado em aproximadamente R$ 800 milhões, dos quais R$ 100 milhões são de contrapartida do governo estadual. O banco vai financiar 80% dos R$ 700 milhões (cerca de R$ 560 milhões) e os R$ 140 milhões restantes serão aplicados com recursos próprios da Galvani Indústria.Detalhes do projetoO empreendimento envolve três grandes complexos. O primeiro será de mineração, que fará a extração e concentração da rocha. O segundo, um complexo químico formado pela unidade de ácido fosfórico, sulfúrico e a produção de MAP ? um fosfato de alta concentração usado na agricultura. A sulfúrica vai produzir o bicálcico ? matéria-prima utilizada na alimentação humana. O terceiro complexo, é o Nuclear, que vai cuidar da purificação e concentração do Urânio, para a elaboração da matéria-prima para a energia nuclear. ´As unidades de mineração e química são de responsabilidade da Galvani, a nuclear, da INB´, explica Luis Antonio Bonagura.Segundo ele, quando a exploração da mina de Itataia estiver em plena operação, reduzirá em cerca de 10% as importações de todos os fosfatos realizados pelo Brasil, gerando economia e divisas. Atualmente, o País importa 50% do insumo. ´O projeto é de suma importância e vai atender o anseio do presidente Lula de buscar mecanismos para incentivar a produção do produto e livrar a agricultura da dependência internacional´, diz.O projeto de Santa Quitéria em sua fase de construção deve gerar três mil empregos ? entre diretos, indiretos e associados ? devido às atividades básicas e de apoio que se instalarão na região. Após a implantação, dois mil postos de trabalho serão ocupados com a operação do empreendimento. Amanhã, às 14h30min, no Palácio Iracema, o contrato final para a exploração da mina, será assinado entre a INB e a Galvani Indústria.
Isildene MunizRepórter
Diário do Nordeste