IPT estuda uso de cerâmica vermelha como adição mineral na produção de concretos
03/08/16
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) realizou um estudo sobre a utilização dos resíduos de cerâmica vermelha na forma de adição mineral na produção de concretos auto adensáveis (conhecidos também como CAA). O acréscimo dos minerais visa melhorar as propriedades físicas, mecânicas e de durabilidade dos materiais, assim como contribui para o descarte desses resíduos ou subprodutos industriais. A vantagem econômica e ambiental levou a prática ao interesse do IPT. “Existe um passivo ambiental e um custo elevado relacionado aos resíduos”, comenta o pesquisador Rafael Francisco Cardoso dos Santos, do Laboratório de Materiais de Construção Civil do IPT. “Como forma de diminuir esses impactos, o aproveitamento dos resíduos por meio da adição mineral tem sido considerado em diversas pesquisas. Fizemos um estudo de utilização dos resíduos de cerâmica vermelha na forma de adição mineral para a produção de concretos auto adensáveis, sendo considerada tanto na produção de cimentos compostos quanto como adição ao concreto para a obtenção das propriedades específicas do CAA”, afirma. Na pesquisa, os concretos foram dosados e submetidos aos ensaios no estado fresco para medir os parâmetros de auto adensabilidade. Também foram determinados os índices de vazio, absorção da água, massa específica e resistência à compressão, através de ensaios físicos e mecânicos. “Os resultados demonstram que o material possui um elevado potencial para a utilização na produção de CAA, tanto em relação ao desempenho técnico quanto aos fatores econômicos e ambientais”, afirma o pesquisador. “O estudo constatou que os resíduos de cerâmica vermelha gerados pelas indústrias paulistas apresentam condições de utilização na forma de pozolana, tanto na incorporação para a produção do cimento composto quanto na utilização como adição de materiais finos ao CAA, melhorando a estabilidade da mistura e suas propriedades físicas, mecânicas e, possivelmente, de durabilidade”, conclui Cardoso.
Sinduscon DF