Investimentos vão gerar 800 vagas de empregos
23/03/09
Fonte: Diário do Pará
A Vale vai proporcionar cerca de R$ 150 milhões em investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2009. Este ano, pelo menos seis empresas estrangeiras estão abrindo ou ampliando plantas no país para atender demandas da empresa. Juntas, estão gerando cerca de 800 empregos diretos e indiretos. Fomentar os investimentos estrangeiros no Brasil é uma das estratégias da Vale. Nos últimos 10 anos, a empresa já trouxe para o país diversas companhias. Essas empresas trazem também novas tecnologias e mercados nunca antes explorados no país.
O caso da A.Stucki, empresa americana de engenharia e serviços para o setor ferroviário, líder nos Estados Unidos e uma das maiores do mundo. A companhia, com faturamento anual de cerca de 100 milhões de dólares, abriu sua primeira filial na América Latina, trazendo na bagagem um investimento de R$ 2 milhões. Em São Luís, Maranhão, está recondicionando aparelhos de choque e tração (ACT), equipamentos que unem dois vagões, também conhecidos como engates. De sua matriz, nos EUA, trouxe o martelo de queda, usado para testar os engates recuperados.
Antes da chegada da A.Stucki, a Vale tinha que comprar cerca de dois mil ACTs novos por ano, visto que nenhuma empresa do setor no Brasil fazia a recuperação dos equipamentos desgastados. Além de fomentar o desenvolvimento de uma nova indústria no Brasil, a Vale vai economizar, com o recondicionamento, 29% do valor que era gasto anualmente com este item. “São investimentos que mostram que as companhias estrangeiras acreditam nos projetos de longo prazo da Vale. Ao estimular essas empresas a se fixarem no Brasil, a Vale reafirma seu compromisso com o desenvolvimento do país, gerando empregos e renda?, avalia Marcos Saraiva, Diretor Global de Suprimentos. Igualmente atuante no setor ferroviário, a VAE, empresa austríaca e líder mundial, especializada em aparelhos de mudança de via (AMV), conhecidos como desvios, também está iniciando operações no Nordeste, com investimento de R$ 2 milhões.
Para Bacabeira, a 50 quilômetros de São Luís, a empresa pertencente ao grupo Voestalpine, que no ano fiscal 2007/2008 teve receita de 10,5 bilhões de euros, está transferindo parte da produção, antes concentrada em São Paulo, para atender as demandas da Vale na Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Ferrovia Norte-Sul (FNS). Confiante no desenvolvimento econômico da região, a VAE já pensa inclusive em trazer para o Brasil novas tecnologias, como o jacaré de ponta móvel, um desvio que diminui o desgaste dos AMVs, além de permitir o aumento da velocidade dos trens, graças à sua precisão milimétrica. A previsão é que a nova planta entre em funcionamento ainda no primeiro semestre deste ano.
Contratos locais, aquisições nacionais
Algumas empresas que aportaram no Brasil para atender a Vale estão investindo mais no fornecimento direto para a mineradora. Há cerca de dois anos, a Maxam, empresa espanhola especializada em materiais e serviços para o desmonte de rochas (explosivos e acessórios) chegou ao Brasil. Segunda maior companhia do ramo no mundo, desembarcou no país, após ganhar a concorrência para ser fornecedora da Vale em Carajás. Há seis meses, fixou-se definitivamente em solo brasileiro, após comprar a Nitrovale, empresa paulista do mesmo ramo, com menos de 50 empregados e faturamento que não passava dos R$ 30 milhões anuais. Nesse período, a Nitrovale/Maxam aumentou o quadro de empregados em 211% e fechou 2008 com faturamento de R$ 60 milhões. Além de trazer novas tecnologias para o Brasil, tornando o país mais competitivo nesse tipo de indústria, a Maxam vai gerar, só este ano, 90 empregos diretos e investirá R$ 30 milhões.Uma vez fixada no Brasil, por meio dos contratos com a Vale, algumas empresas veem outras possibilidades de negócios com a mineradora. (Diário do Pará)
Brasíl Infomine / Diário do Pará