Investimento estrangeiro direto na A.L. caiu 42% em 2009
07/05/10
Os fluxos de investimento estrangeiro direto (IED) na América Latina e no Caribe em 2010 registraram queda, ao receber o montante de US$ 76,681 bilhões, 42% a menos em comparação ao recorde histórico obtido em 2008, quando o investimento somou US$ 131,938 bilhões. A retração se deve a crise internacional de acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
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Esta redução deveu-se a uma combinação de fatores, principalmente a queda na produção mundial, a incerteza e crescimento mais lento em vários países da região, o que desanimou a busca de IED por mercados locais. Além disso, a queda nos preços das commodities no final de 2008 levou a um declínio nos investimentos que focavam a exploração desses recursos, enquanto a recessão na América do Norte diminuiu o investimento em plataformas de exportação.
A queda do investimento foi generalizada em todas as sub-regiões da América Latina e no Caribe. Fluxos de IED para a América do Sul diminuíram 40%, enquanto aqueles dirigidos para o México e a Bacia do Caribe caíram 45%. O Brasil continuou a ser o maior beneficiário, seguido por Chile, México, Colômbia e Argentina. Entre as médias e grandes economias da região, o Chile tem a maior proporção de IED em relação ao seu PIB (8%).
Chile se tornou o maior investidor latino-americano no exterior, com US$ 7,983 bilhões, seguido pelo México US$ 7,598 bilhões, Colômbia US$ 3,025 bilhões e Venezuela US$ 1,80 bilhão.
A indústria siderúrgica tem atraído um grande fluxo de investimento, especialmente no Brasil – que produz 51% do aço na região – e o México, que produz 27%. A abundância de minério de ferro foi o principal atrativo para o investimento. Além de empresas europeias e asiáticas, grupos nacionais do Brasil, México e Argentina expandiram para além das suas fronteiras, na última década.
No entanto, a comissão acredita que ao longo do ano de 2010 os aportes financeiros para a região cresçam entre 40% a 50%, recuperação prevista que permitirá à região retomar os níveis de IDE realizado em 2007, com receitas superiores a US$ 100 bilhões.
“Quando a tempestade passou, percebemos que a região volta a ser interessante para investimentos. Os países não perderam sua atratividade e competitividade, apesar da crise”, disse Alicia Barcena, Secretária Executivo da Comissão para a América Latina e Caribe, em Santiago.
Tal como em períodos anteriores, o setor de serviços recebeu o maior montante de IED em 2009, enquanto a agricultura o setor primário (mineração e petróleo) observou um declínio relativo. Estados Unidos manteve-se o maior investidor na região, seguido pela Espanha e do Canadá.
A indústria siderúrgica tem atraído um grande fluxo de investimento, especialmente no Brasil – que produz 51% do aço na região – e o México, que produz 27%. A abundância de minério de ferro foi o principal atrativo para o investimento. Além de empresas europeias e asiáticas, grupos nacionais do Brasil, México e Argentina expandiram para além das suas fronteiras, na última década.
O Chile se tornou o maior investidor latino-americano no exterior, com US$ 7,983 bilhões, seguido pelo México US$ 7,598 bilhões, Colômbia US$ 3,025 bilhões e Venezuela US$ 1,80 bilhão.
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