Invest Mining lança 1ª chamada para atração de investidores e parceiros para projetos de mineração
30/05/22
Identificar projetos de mineração e oportunidades de negócios que estejam buscando financiamento, associação com investidores ou quaisquer possibilidades de atração de capitais relacionados à pesquisa e à produção mineral é o objetivo do 1º Edital de Chamada Aberta de Projetos do Invest Mining.
O documento foi apresentado hoje (30/5) e é assinado por representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Ministério de Minas e Energia (MME), da Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB), do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) e da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM). A solenidade de lançamento aconteceu na sede do BNDES, no Rio de Janeiro (RJ).
A rede Invest Mining é focada na promoção do financiamento das atividades de mineração no Brasil, fomentando ações que resultarão na melhoria do ambiente de negócios. E isso irá atrair ainda mais investimentos e, consequentemente, proporcionar a expansão, a diversificação da produção mineral e o aumento do número de empresas mineradoras atuantes no país.
Para o diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do BNDES, Bruno Aranha, “o Invest Mining é uma excelente oportunidade para que tenhamos uma rede colaborativa. Uma plataforma em que todas as iniciativas de mineração de diferentes portes possam ter visibilidade e que seja possível fazer a conexão entre o setor financeiro e o setor produtivo para criar, inovar e apresentar outras soluções para o financiamento do setor mineral, que é tão fundamental para o desenvolvimento do país”.
Há muitos anos o IBRAM está atento a esta agenda, tendo participado ativamente de vários movimentos relevantes neste sentido. Segundo o diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann, essa chamada pública é uma oportunidade de reunir os setores público e privado, com a participação de atores diversos, como o BNDES, eventuais organismos financiadores e investidores, fator importante para o desenvolvimento do setor mineral brasileiro, principalmente para empresas de pequeno e médio porte.
“Acredito que as grandes corporações do setor mineral, algumas de muito peso, que são, sem sombra de dúvida, players globais, têm acesso a fontes de financiamento. Entretanto, a grande maioria do setor muitas vezes tem dificuldade de obter crédito em um país com os problemas estruturais que temos. A Invest Mining é muitíssimo bem-vinda. Estamos aqui dando um passo importantíssimo para conseguir estrutura de financiamento para o setor mineral”, ressalta Jungmann.
O secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME, Pedro Paulo Dias Mesquita, destacou que o país de fato está entrando em uma rota de maior apetite por financiamento da mineração, que é necessário para o impulsionamento do setor no país. “Os grandes projetos de mineração do país só se viabilizam com compartilhamento de investimento e essa é mais uma razão pela qual essa rede tem o papel impulsionador muito importante para a expansão da mineração no país”.
Oportunidade para pequenas e médias empresas
A Rede Invest Mining manterá no seu website um formulário eletrônico em que as empresas interessadas poderão cadastrar seus projetos, inserindo as informações requeridas. O prazo para inscrição é de 1º de junho a 31 de julho de 2022. O processo de facilitação ocorrerá por meio de aproximação entre empresas e investidores ou parceiros potenciais a serem identificados no mercado financeiro pela Rede Invest Mining.
O presidente da ADIMB, Marcos André Gonçalves, acredita que as grandes beneficiadas serão as empresas de pequeno e médio porte. “Temos um enorme potencial para desenvolver e este público vai se beneficiar muito, eu tenho certeza”, afirmou.
“O Brasil que a gente quer é o que tenha crédito para o pequeno. Um país que tenha o ESG no seu DNA. Que pratique governança saudável, que seja composto por empresas sérias, que empreguem brasileiros, mas que não tenham nenhuma restrição a capital estrangeiro. Porque é do capital estrangeiro que vem esse apetite para risco, que um dia vamos conseguir aqui. O Invest mining é a ponte para isso”, avalia o presidente da ABPM, Luís Maurício Azevedo.
Investidores
O evento contou ainda com a participação dos representantes da XP Investimentos, Daniel Renner, da CFO Ore Investments, Eduardo Cardoso, e da Fronteira Minerals, Felipe Holzhacker Alves.
Renner afirmou que a XP Investimentos está à disposição para fazer principalmente essa leitura do que o mercado espera e como formatar as transações para que os investidores façam sua adesão à rede e consigam viabilizar o desenvolvimento do setor.
Para o representante da CFO Ore Investments, formatar um produto como este do Invest Mining é um passo para desenvolver e destravar o grande potencial expansionista da mineração brasileira. “Para nós que vivemos de negócios, é muito importante ter essa rede de financiamento, este hub de projetos, com os filtros que ela está oferecendo”.
“Tem dinheiro para tudo, do projeto mais inicial às grandes empresas. O que o investidor quer é associar o risco que ele tem com o retorno. O que precisamos é qualidade da informação; que consiga acessar o risco daquele projeto para colocar o capital e ter uma previsibilidade do retorno do investimento. Quanto menos informação, menos governança, mais participação vamos querer pelo nosso um um real ou um dólar investido. O oposto também acontece. Já investimos boas quantidades de dinheiro para ter pouca participação em empresas que estão bem organizadas, bem estruturadas”, destaca Felipe Alves, da Fronteira Minerals.
Também participaram do evento o chefe do Departamento de Indústria de Base e Extrativa do BNDES, Flávio Moraes da Mota, o diretor de geologia e Produção Mineral do MME, Frederico Bedran Oliveira, e o coordenador da Rede Invest Mining, Miguel Antônio Cedraz Nery, o diretor de Comunicação do IBRAM, Paulo Henrique Soares e o diretor de Relações Institucionais, Rinaldo César Mancin.
Sobre Invest Mining
A rede é fruto de uma união inédita de organizações das esferas pública e privada, com o objetivo de melhorar o ambiente de negócios na mineração e promover as boas práticas de sustentabilidade, governança e cuidado social. Regido por um estatuto, a rede está aberta à adesão de mais entidades interessadas em participar desse marco, que traz uma mudança fundamental na cultura de investimento em mineração no Brasil.
Fazem parte da Rede de Financiamento organizações públicas e privadas. Participam: bancos; fundos; gestores de ativos e bolsas; representantes da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração (ABPM); Conselho Temático de Mineração (COMIN) da Confederação Nacional da Indústria (CNI); Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro (ADIMB); Câmara de Comércio Brasil-Canadá (BCCC, sigla em inglês); Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Agência Nacional de Mineração (ANM) e Ministério de Minas e Energia via Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (MME/SGM) e Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).