02/09/15

O Instituto Tecnológico Vale (ITV), o Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) realizam uma pesquisa para observar se as mudanças na temperatura, na ocorrência das chuvas e na umidade do ar influenciam o comportamento das abelhas da Amazônia e como isso ocorre. Para isso, quase duas mil abelhas de três espécies nativas da Amazônia carregam nas costas microchips de cinco miligramas e são monitoradas por meio de antenas instaladas nas colmeias do meliponário científico da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém (PA).
Os dados coletados pelo sistema dos chips são cruzados com informações meteorológicas. A pesquisa trabalha com as espécies uruçu-cinzenta, uruçu-amarela e uruçu-da-bunda-preta. Segundo Giorgio Venturieri, pesquisador da Embrapa, iniciativas como essa já existem para abelhas com ferrão de raças europeias em outros países, mas para abelhas nativas da Amazônia é uma pesquisa inédita.
A inovação tecnológica agregada ao trabalho, de acordo com Gustavo Pessin, pesquisador do ITV, é o tamanho do dispositivo, que é tão pequeno a ponto de ser carregado por uma abelha nativa e não comprometer a autonomia do voo. ?Nossa intenção é diminuir ainda mais o dispositivo para que insetos ainda menores, como as abelhas jataí, possam suportar o sistema?, disse.
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