24/11/08

DUBAI, EMIRADOS ÁRABES – O mercado de diamantes no mundo hoje é dominado pela Índia (que detém a melhor tecnologia em lapidação de diamante pequeno, ou seja, abaixo de 5.0 quilates) e por Israel (lapidação das pedras maiores). ?No Brasil, a lapidação é considerada de péssima qualidade, pois até agora não existe nenhum grande centro de lapidação, só pequenas oficinas de jóias?, comentou o sócio da Gemapi, Olavo Pinheiro. Segundo ele, sua empresa hoje opta por vender o diamante bruto para o exterior ao invés de antes lapidar no Brasil para não desvalorizar o produto no mercado internacional.
Apesar de ser uma empresa nova, fundada este ano, os sócios da Gemapi já possuem experiência com mineração de diamantes. A empresa começou a atuar em setembro deste ano, com um investimento de US$ 2 milhões, financiados pelo ABN Amro Bank, e com previsão de faturamento de R$ 5 milhões mensais. Para explorar diamante, primeiro é necessário obter o alvará de pesquisa do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). ?Para toda e qualquer exploração é necessário primeiro realizar uma pesquisa mineral no solo para só a partir daí obter um alvará para exploração do local antes pesquisado?. A Gemapi possui uma área de 18,6 mil hectares e já possui um plano de pesquisa de mais de 10 milhões de quilates, com previsão de exploração para os próximos 50 anos.
?Nossa intenção nesta missão empresarial era conseguir investidores para pesquisa e exploração e também conhecer empresas interessadas em importação e exportação de diamantes. Só tenho a agradecer à Fecomércio e ao Sebrae pelo apoio em contactar com as empresas indianas. Cláudio Marinho (consultor e ex-secretário de Ciência e Tecnologia do Estado) também nos ajudou muito?.
Através da rodada de negócios em Mumbai, Pinheiro também foi abordado por mais três empresas indianas interessadas em fazer uma join venture para pesquisa e exploração de diamante aluvião e outras seis empresas também apareceram querendo comprar diamantes brutos da Gemapi. ?Também ofereceram parceria para nós importarmos as jóias feitas por ele com exclusividade no Brasil?.

Folha de Pernambuco