IBRAM participa de workshop com foco no Cenário Mundial da Água
15/04/14
O Diretor de Assuntos Ambientais do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM ? www.ibram.org.br), Rinaldo Mancin, participou na última segunda-feira (14) do workshop ?Cenário Mundial do uso da Água como Fator de Desenvolvimento Sustentável?. O evento, promovido pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg) e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), ocorreu na Casa da Indústria, em Goiânia (GO).
O workshop debateu sobre sustentabilidade, em seu conceito mais amplo, reconhecendo o grande valor e necessidade de preservação dos recursos naturais, mas sem inviabilizar o seu uso para o bem social e econômico da população mundial. Os temas principais foram ?segurança hídrica global? e a ?água como fator competitivo na economia goiana?.
Segundo o Diretor do IBRAM, este é uma ótima oportunidade para se pensar nesse importante bem para a humanidade. ?A água é o principal insumo no setor mineral, presente em quase todas as etapas na mineração. Por isso, influencia diretamente na competitividade. Para nós, ligados à indústria mineral, é fundamental o debate referente a esse tema?.
Também participaram do workshop o Presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, o Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Olavo Machado Júnior; o Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás, José Mário Schreiner; o Presidente da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia, Flávio Neiva e o Gerente Geral de Sustentabilidade na Votorantim Metais, Ricardo Barbosa.
Visão da indústria
O setor industrial destaca como desafio persistente, quando o assunto é gestão dos recursos hídricos, a necessidade de superação dos déficits de saneamento básico.
Causa principal do comprometimento da qualidade dos corpos hídricos do País, a falta de saneamento tem relação direta com a saúde da população e com a conservação dos ecossistemas. No Estado de Goiás 55% da população não possui atendimento de esgoto e 6,4% não tem água encanada ? dados da Saneago, referentes a 2013.;
?A área de saneamento básico precisa resolver seus problemas de gestão para reduzir custos e aumentar a eficiência, atraindo assim o investimento essencial para a universalização do serviço?, afirma o presidente da Fieg Pedro Alves de Oliveira.
O aumento das demandas, das situações de escassez e da concorrência por água já reflete nos custos das empresas e em algumas opções estratégicas de investimentos. Alguns dos principais setores industriais goianos ? de alimentos e bebidas, farmoquímico e mineração ? são os que mais demandam água no processo produtivo.
Em Goiás, a indústria ocupa o segundo lugar no ranking de uso consuntivo da água (retirada direto da fonte), respondendo por 19% (36,48 m³/s) do consumo total do Estado. Em primeiro lugar está a irrigação, com 66% (126,73 m³/s) ? dados da Agência Nacional das Águas (2010). Em Cristalina-GO, cidade com a maior área irrigada da América Latina ? são 50.722 hectares e 627 pivôs ?, já nascem conflitos relacionados ao uso da água.
À perda física de água ao longo do processo de captação, tratamento e distribuição soma-se a perda comercial, causada por problemas de medição e de gastos de energia. Existem estimativas de que pelo menos 45% da água distribuída no Brasil se perde ao longo trajeto entra a fonte de captação e o consumidor final.
Em 2013, no Estado de Goiás, essas perdas foram da ordem de 28,66% do total captado, de acordo com a Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago).
Workshop ?Cenário Mundial do uso da Água como Fator de Desenvolvimento Sustentável?. Crédito: Alex Malheiros
IBRAM ? Profissionais do Texto com informações da assessoria da FIEG