IBRAM incrementará ações de advocacy em 2025, diz Raul Jungmann
04/02/25
Para assegurar um ambiente favorável aos investimentos, negócios e expansão da indústria da mineração, o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM) incrementará as ações de relacionamento institucional (advocacy) junto aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Foi o que afirmou o diretor-presidente, Raul Jungmann, ao abrir o evento voltado a associados “Construindo a agenda de relações institucionais e governamentais da indústria mineral”, na manhã desta 3ª feira (4/2), em Brasília.
Segundo Jungmann, dar prioridade ao advocacy em 2025 é estratégico, em razão das diversas questões envolvendo o futuro da mineração nos três poderes. Entre os desafios, estão propostas que defendem mais aumento de custos para o setor, além de normativas que prejudicam o andamento das operações industriais. Ele citou como exemplo, a regulamentação da reforma tributária (projeto PLP 68/2024).
Após o recente anúncio do veto do Executivo ao PLP 68/2024, ficou restabelecida a incidência de imposto seletivo sobre as exportações, o que atinge em cheio o setor mineral. Esta questão já estava pacificada na apreciação do projeto pelo Congresso Nacional. Por isso, a indústria mineral foi surpreendida com o veto. “Exportar impostos contraria o senso vigente em todo o mundo, inclusive, em termos constitucionais aqui no Brasil”, afirmou, dizendo que espera que os parlamentares avaliem a derrubada do veto a esse dispositivo.
O vice-presidente do IBRAM, Fernando Azevedo, fez uma avaliação do trabalho do IBRAM na defesa dos interesses do setor mineral em 2024 e disse que este ano o Instituto irá agir em diversas frentes para manter sua representatividade fortalecida. Além das ações de advocacy, o IBRAM seguirá cumprindo suas metas com a sustentabilidade setorial, com a segurança das pessoas, e terá participação ativa na COP30, a conferência da ONU sobre mudança climática a ser realizada em novembro, em Belém (PA). Também participaram pelo IBRAM os diretores Rinaldo Mancin, Alexandre Mello e Paulo Henrique Soares, Julio Nery, além de gerentes e técnicos.
O evento ainda abriu espaço em sua programação para análises e projeções de como será 2025 para a indústria da mineração por parte de: Christopher Garman, gerente e sócio da Eurasia; Antônio Queiroz, CEO da Consillium Consultoria; Ricardo Sennes, sócio da Prospectiva; Ana Paula Bittencourt, diretora do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Mineração do Ministério de Minas e Energia; Zé Silva, deputado federal e presidente da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável.