IBRAM apresenta ações realizadas contra o garimpo ilegal para delegação da União Europeia no Brasil
01/06/23
O diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, recebeu a ministra-chefe de Delegação Adjunta da União Europeia no Brasil, Ana Beatriz Martins, e o consultor da seção de comercial da União Europeia no Brasil, Damian Vicente Lluna Taberner, na sede em Brasília (DF). Durante o encontro, ocorrido na tarde da última quarta-feira (31/5), foram relatadas as ações do IBRAM para unir esforços do setor privado e de ONGs aos do governo para o combate ao garimpo ilegal.
Segundo Raul Jungmann, a mineração empresarial sofre grande impacto reputacional negativo decorrente dessa atividade ilegal. Ela causa desmatamento, poluição e severos danos sociais, sendo que muitos ocorrem em terras indígenas e áreas protegidas. “O IBRAM, em parceria com diferentes atores, tem buscado construir uma agenda de ações junto a diversos órgãos, como Banco Central, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Receita Federal, bem como Polícia Federal para aumentar as restrições ao garimpo ilegal e à comercialização do ouro por ele produzido, inclusive seu ingresso no sistema financeiro”, afirmou Jungmann.

Raul Jungmann e os representantes da delegação da União Europeia no Brasil – crédito: divulgação
O presidente do IBRAM também falou sobre o acordo de cooperação firmado no último mês entre o IBRAM e a Universidade de São Paulo (USP) para expandir o uso da Plataforma de Compra Responsável de Ouro (PCRO). “A plataforma digital gratuita visa apontar as boas práticas na comercialização do minério de ouro no Brasil e indicar se a origem da matéria-prima é de uma mina social e ambientalmente responsável. Sistemas como este podem representar o caminho para acabar com a ilegalidade”, analisou.
Raul Jungmann também participou de reuniões e eventos na Suíça, país que mais importa ouro do Brasil. Lá, ele alertou tanto o governo quanto a iniciativa privada sobre a necessidade de exigirem certificados sólidos de origem do ouro comprado do Brasil, diante do risco de compradores estrangeiros virem a ser corresponsáveis por fomentar as ações ilegais, se aceitarem comprar ouro de origem não rastreada.
Em novembro de 2022, Jungmann já havia recebido no IBRAM o embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, e sua delegação para tratar sobre a cooperação entre a União Europeia e o Brasil em relação à inovação tecnológica e comercial em mineração e, também, em outras áreas, como o combate à comercialização ilegal do ouro extraído no Brasil. Saiba mais aqui.