Grupo da Austrália vai concorrer com AngloGold e Kinross em Minas Gerais
24/08/07
A exploração de ouro em Minas Gerais, dominada pelas multinacionais AngloGold Ashanti e Kinross, ganhará mais uma concorrente. A Mundo Mineração Ltda, grupo formado por investidores australianos, começa em fevereiro do próximo ano a extrair ouro da antiga mina da AngloGold, no Município de Rio Acima, na região central do estado. A autorização ambiental de funcionamento do projeto da Mundo Mineração foi concedida pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam). A empresa agora iniciará os investimentos para a adequação da infra-estrutura. A expectativa é de que as obras civis na mina Engenho d`Água comecem nos próximos meses. Nos próximos cinco anos, a Mundo Mineração estima retirar 796,656 mil toneladas de minério, com teor médio de 5,29 gramas de ouro por tonelada, o que significa extrair, no período de lavra, 4.214 quilos de ouro. Os diretores da Mundo Mineração prevêem auferir receita bruta de R$ 778,7 milhões com o projeto. O empreendimento, inicialmente, deverá gerar 128 empregos diretos e 60 temporários. Na mira das líderes O Brasil responde por 12% da atual produção de ouro da Kinross. O grupo canadense também explora o metal no Canadá, nos Estados Unidos, na Rússia e no Chile. Além da mina em Paracatu, em Minas, a empresa explora ouro com a AngloGold Ashanti, em Goiás. A Kinross também vem realizando prospecções no Maranhão e no Pará. No ano passado, as operações da Kinross no Brasil renderam divisas de US$ 100 milhões, 35% a mais que o montante contabilizado no exercício anterior. A AngloGold Ashanti ocupa lugar de destaque na mineração mundial de ouro. O grupo detém operações na América do Sul, América do Norte, África do Sul e em outras partes da África, além da Austrália, totalizando 25 operações em onze países diferentes. Seus projetos de pesquisa mineral se estendem por 10 países. Produz 7 milhões de onças de ouro por ano,totalizando aproximadamente 10% da produção mundial. Na América do Sul, a AngloGold Ashanti está sediada em Nova Lima, Minas Gerais, onde opera a mina Cuiabá (em Sabará) -referência em mineração subterrânea-, e a Mina Córrego do Sítio, a céu aberto, em Santa Bárbara. Em Goiás, a AngloGold Ashanti detém o controle da Mineração Serra Grande, uma joint venture com a canadense Kinross. Na Patagônia argentina, controla as operações da mina de Cerro Vanguardia. Seguindo a estratégia de buscar oportunidades, a AngloGold Ashanti está realizando o Projeto de Expansão da Mina de Cuiabá. O investimento soma US$ 131 milhões e irá proporcionar o acréscimo de 1,865 milhão de onças de ouro e a extensão da vida útil da mina até 2019. Além disso, irá viabilizar o aproveitamento dos recursos minerais existentes na mina e regiões próximas. Minas Gerais é o maior exportador brasileiro de ouro. Dos US$ 658,5 milhões em divisas geradas pelas vendas externas do produto pelo Brasil no ano passado, o estado foi responsável por US$ 415,3 milhões. O produto é o sexto no ranking de exportações da economia mineira com uma participação de 2,66% das vendas externas do estado.
DCI