Governo e ONU defendem articulação com iniciativa privada a favor dos ODS
20/09/17

ainel “Implementação dos ODS: como as partes interessadas no setor de mineração se prepararam para lidar com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” – Crédito: Netun
Maior integração, compartilhamento de sinergias e definição de métricas relativas aos resultados da implantação dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU). Essas foram, em linhas gerais, as proposições dos integrantes do painel “Implementação dos ODS: como as partes interessadas no setor de mineração se prepararam para lidar com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, realizado no segundo dia do 17º Congresso Brasileiro de Mineração, que integra a programação da EXPOSIBRAM 2017.
O Ministério das Minas e Energia está interessado em promover a articulação entre as empresas de mineração, como disse Maria José Gazzi Salum, diretora de Desenvolvimento Sustentável na Mineração, Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral. Como ponto de partida desse movimento está a maior integração das ações entre o Ministério e o IBRAM, para se ter um visão global das iniciativas.
Criação de indicadores brasileiros
Maristela Marques Baioni, representante do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) no Brasil, também defende a articulação entre as instituições, o poder público e a iniciativa privada para ampliar e potencializar os resultados das ações transformadoras do ODS. “Temos atuado com bastante vigor nesta plataforma, no sentido de criarmos indicadores brasileiros, por meio de uma Comissão Nacional de ODS, e ter isso como norteador para o governo e a iniciativa privada.
Mediado pelo economista sênior e pesquisador político da Columbia University (USA), o painel contou, ainda, com representantes da Fundação Vale, Fundação Votorantim e Anglo American. Ruben Marcus Fernandes, presidente da Anglo American, acredita que as métricas podem contribuir para disciplinar e organizar a forma de atuar. Tendo como referência os indicadores clássicos, Fernandes acredita que a definição das métricas deve considerar critérios técnicos. “É preciso estabelecer indicadores, definir prioridades e parcerias”, observa.
O diretor-presidente do Instituto Votorantim, Cloves Otávio Nunes de Carvalho, acredita que a adesão aos ODS ajuda a organização a entender melhor a realidade das comunidades vizinhas, para cumprir seu papel de articulação. Também faz coro à necessidade de se buscar indicadores-padrão como contribuição ao esforço para a formação de um capital social nas áreas de atuação dessas organizações.
A representante da Fundação Vale, que atua na gestão de Responsabilidade Social e Sustentabilidade, LieselFilgueiras, disse que a articulação com as empresas do segmento é uma constante nos programas da Fundação, que tem como missão contribuir com o desenvolvimento dos território onde opera.