04/08/09

Jazida fica no Oeste Paulista e poderá abastecer indústria de cerâmica da região por 85 anos
O Estado de São Paulo identificou, no seu território, a quarta maior reserva de argila do Brasil. O secretário de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, entregou o relatório final do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) que aponta que a jazida teria em torno de 135 milhões de toneladas. A quantidade seria suficiente para abastecer as indústrias cerâmicas da indústria da região – que fabricam blocos, lajes e telhas – por 85 anos.
A reserva, dividida entre dois campos localizados nos municípios de Castilho e Presidente Epitácio, poderá transformar a produção de argila em um dos principais fatores de desenvolvimento da região. Os próximos passos para o início da exploração serão o licenciamento ambiental das áreas pela Secretaria do Meio Ambiente e a concessão dos direitos de extração pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Financiados pela Secretaria de Desenvolvimento, os estudos do IPT custaram R$ 351 mil e incluíram o reconhecimento geológico das áreas de pesquisas, nos campos de Castilho e Campinal (Presidente Epitácio), a execução sistemática de sondagens, a coleta de amostras e a caracterização tridimensional dos depósitos de argila. Ao todo, foram realizadas 186 perfurações na área Castilho e outras 119 na área Campinal.
A argila encontrada possui grande espessura da camada de minério e pequena espessura da camada de solo que cobre o minério, o que a torna muito atrativa para as minas produtoras de argila para a indústria cerâmica. A região do vale do Rio Paraná abriga 236 pequenas e microempresas especializadas na produção de peças de cerâmica vermelha, que geram aproximadamente 1,5 mil postos de trabalho.

Jornal O Serrano