Garrafões de água com mais de três anos de uso oferecem risco à saúde
20/07/09
Os garrafões de água mineral entregues nas residências podem ter, no máximo, três anos de uso, após esse período perdem a validade e devem ser substituídos. A determinação é do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) que, através da portaria número 387, regulamenta, além desta, várias definições para os vasilhames. Segundo o chefe do 14º departamento do DNPM no Rio Grande do Norte, Carlos Magno Bezerra Cortez, a lei entra em vigor a partir de 23 de setembro, quando completa o prazo de um ano de adaptação dos produtos pelos fabricantes.O assunto foi discutido ontem durante seminário no auditório da Fiern, com o tema Água Mineral: oportunidades, tendências e desafios para o futuro.Carlos Magno disse que cerca de 300 mil garrafões deverão ser trocados no estado para atender às normas do órgão. “O produto não tem condições de continuar no mercado após três anos de uso, por causa da degradação que sofre quando passa por escovações. Nesse processo ele é agredido por produtos químicos que contribuem para o desgaste”.A representante da Vigilância Sanitária do RN, Maria Célia Barbosa, acrescentou que o limite de validade de três anos deve ser imposto porque os processos de lavagem e higienização tiram a proteção, provocando ranhuras e rachaduras. “O consumidor corre o risco desses materiais contaminarem o garrafão, quando o recipiente é reaproveitado por muito tempo. Os químicos podem vir a misturar-se com a água mineral se não houver uma substituição do garrafão”.Segundo ela, as empresas de água mineral serão fiscalizadas pelo DNPM, Vigilância Sanitária e Sindicato das Indústrias de Cervejas, Refrigerantes, Águas Minerais e Bebidas em Geral no RN (Sicramirn) e caso não atendam à nova determinação vão ser advertidas para retirar dos produtos do comércio, sob pena de pesadas multas para quem não respeitar as normas.O presidente do Sicramirn, Roberto Pinto Serquiz, afirmou que os fabricantes deverão fazer um grande investimento para cumprir a padronização. “Será necessário destinar alguma verba para efetuar a troca, mas, sem dúvidas, haverá retorno para esse investimento porque irá melhorar a resistência e segurança do produto, terão menos manutenções para serem feitas e melhorará a conservação do conteúdo”.Saiba maisO que diz a portaria número 387- Os vasilhames devem ser fabricados com resina virgem ou outro material aceitável para contato com alimentos, que atenda às especificações da Vigilância Sanitária;- A empresa fica obrigada a apresentar ao DNPM, anualmente, a cópia do certificado emitido por um instituto técnico atestando que seu produto atende às normas técnicas;- O reenvase de embalagens plásticas retornáveis é permitido, exclusivamente, para vasilhames de 10 e 20 litros;- Os vasilhames de 10 e 20 litros devem ter impresso no fundo da embalagem, a data limite de três anos de validade.Cuidados que você tem que tomar- Se houver ranhuras ou rachaduras no garrafão o usuário deve rejeitá-lo, para evitar possíveis contaminações do conteúdo;- A água deve estar bastante visível dentro do recipiente;- Verifique se o prazo de validade, que deve estar impresso no fundo da embalagem, compreende apenas três anos;
Por Sílvia Miranda do Diário de Natal
DN Online