01/08/07

A Log-In Logística Intermodal S.A., empresa na qual a Companhia Vale do Rio Doce tem 31,3% do capital total, teve aprovado financiamento de US$ 296,3 milhões pelo Conselho Diretor do Fundo de Marinha Mercante para a construção de cinco navios porta-contêineres. O empréstimo corresponde a 90% do investimento total no projeto, previsto em US$ 329,2 milhões. Cada navio está orçado em US$ 65,8 milhões. Débora Teixeira, diretora do Departamento do Fundo da Marinha Mercante, ligado ao Ministério dos Transportes, disse que a aprovação do projeto é importante porque os navios serão destinados à cabotagem (navegação na costa brasileira). Os navios terão capacidade individual de transportar 2,7 mil TEUs (contêiner equivalente a 20 pés) e serão construídos no Eisa Estaleiro Ilha, de Niterói (RJ). O Eisa é controlado pelo Synergy Group, de German Efromovich. De acordo com a diretora, o conselho diretor também aprovou, em sua última reunião, prioridade de financiamento para a construção de dois navios graneleiros, com capacidade de 62 mil toneladas de porte bruto (TPB), para a empresa Laurin do Brasil Navegação S.A. Aprovou financiamento de US$ 98,5 milhões para os navios da Laurin, o equivalente a 90% do investimento total no projeto de US$ 109,4 milhões. Cada navio está orçado em US$ 54,7 milhões e a construção também ficará a cargo do Eisa. Os navios serão usados na navegação de cabotagem. Nas duas operações, o Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante aprovou financiamentos de US$ 394,9 milhões para a construção das sete embarcações (cinco da Log-in e duas da Laurin do Brasil Navegação). Débora Teixeira disse que na continuação da reunião do conselho diretor, em 9 de agosto, estarão em pauta projetos de construção de novos navios de apoio às operações das plataformas de petróleo. Estes projetos somam financiamentos de cerca de US$ 346,5 milhões. A Companhia Brasileira de Offshore (CBO) tem em pauta projetos para construção de cinco embarcações que demandarão investimento total de cerca de US$ 140 milhões, dos quais 90% (US$ 126,2 milhões) serão financiados pelo Fundo, principal fonte de financiamento à indústria naval no país. A empresa Bram Offshore investirá outros US$ 148,3 milhões para construir quatro navios de apoio, sendo 90% (US$ 133,4 milhões) financiados pelo fundo. Desde dezembro, de 2004, o conselho do fundo aprovou financiamentos para cerca de 270 projetos de construção de embarcações e para a modernização de estaleiros. Com os projetos aprovados na última reunião, a participação dos recursos do fundo totaliza quase US$ 4,6 bilhões. (Fonte: Valor Econômico/Francisco Góes)

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