Fosfertil pretende implantar nova fábrica no País
25/08/09
A Fosfértil pretende implantar uma nova fábrica de amônia e uréia no País, com capacidade para produzir 1 milhão de toneladas de cada um dos insumos. A decisão sobre o início do empreendimento depende apenas da garantia de suprimento de gás natural a preços mais adequados do que os que estão sendo praticados hoje pela Petrobrás para o gás usado como matéria prima na indústria química, em torno de US$ 9,0/Mbtu.
Segundo Luiz Antonio Veiga Mesquita, Diretor de Logística e Suprimento da Fosfertil e membro do Conselho Superior da Abiquim, o investimento para um empreendimento desse porte ficaria entre R$ 1,5 e R$ 1,8 bilhão e o prazo de implantação, da tomada de decisão até a pré-operação, seria de 36 meses. A localização do novo empreendimento não está definida, mas uma alternativa viável seria a região de Araraquara/São Carlos, no estado de São Paulo, onde há um gasoduto e condições logísticas favoráveis para escoamento do produto até a região central do País, onde se concentra a maior parte do consumo.
A concretização do empreendimento da Fosfértil e da nova fábrica já anunciada pela Petrobrás possibilitaria elevar a oferta nacional de uréia, que em 2008 foi suficiente para suprir apenas 36% da demanda. Mas, pelo menos no caso da Fosfértil, a fábrica só sai do papel se for viabilizado um contrato de longo prazo para fornecimento de gás, a preços que permitam a produção de amônia e uréia a custos competitivos. Caso contrário, o País continuará assistindo a uma procissão de caminhões levando amônia de Cubatão (por onde chega o produto importado) para Uberaba e Planalto Paulista. ?Em 2013, caso não haja investimentos, partirá um caminhão a cada 36 minutos carregando amônia?, alerta o Diretor da Fosfértil.
Brasil Mineral