Europa continua em forte queda devido aos problemas no mercado imobiliário de risco nos EUA
16/08/07
As principais praças da União Europeia encontram-se com desvalorizações na ordem dos 3%, atingindo o menor nível dos últimos cinco meses, acompanhando a tendência de queda verificada nos futuros sobre os índices norte-americanos Nasdaq 100 e Dow Jones, devido ao agravamento das tensões do mercado de crédito imobiliário de alto risco dos Estados Unidos. A afectar as preocupações dos investidores está a especulação de que a maior empresa hipotecária dos Estados Unidos, a Countrywide Financial Corp., poderá ser forçada a declarar falência, depois de hoje a empresa hipotecária australiana Rams Home Loans Group Ltd. ter anunciado que não é capaz de refinanciar a sua dívida, no valor de cinco mil milhões de dólares norte-americanos. Os títulos mais afectados por estas preocupações são os do sector financeiro, com o banco alemão Deutsche Bank a cair 2,4% para os 91,15 euros, enquanto o seu congénere francês BNP Paribas perde 2,8% para os 74,9 euros. Outro sector em terreno negativo é o da mineração, penalizado pela queda dos preços dos metais causada pelos temores de um abrandamento da procura mundial. A britânica BHP Billiton tomba 4,2% para os 1223 pence, enquanto a sua compatriota e congénere Rio Tinto desaba em 4% para os 3023 pence. Segundo um gestor de fundos, que administra mais de 5 mil milhões de dólares, o pior ainda está para vir. “A questão agora é saber o que acontecerá ao acrescimento económico. Ainda é demasiado cedo para regressar ao mercado accionista”, disse ainda este responsável. Assim, às 8h36 o CAC-40 de Paris recuava 2,66% para os 5297,90 pontos e o Ibex-35 de Madrid descia 2,53% para os 14 153,50 pontos, enquanto o Dax Xetra de Frankfurt perdia 2,02% para os 7295,74 pontos e o FTSE-100 de Londres tombava 3,21% par aos 5912,90 pontos.
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