06/06/08

5 de Junho de 2008 – O governo baiano aproveita o boom do setor mineral e coloca à disposição do mercado áreas cujas autorizações para pesquisa e concessões de exploração estão sob o controle da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), autarquia vinculada à Secretaria Estadual de Indústria, Comércio e Mineração. `Estamos abrindo o setor mineral do estado`, afirmou o secretário de indústria, comércio e mineração, Rafael Amoedo. A afirmativa do secretário se confirma com o número de editais de licitações já publicados para pesquisa complementar e exploração comercial de minérios em diversas regiões do estado. Foram nove no ano passado e mais 16 serão lançados no próximo dia 17, a partir das 17h30, no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb). As áreas, que serão licitadas pela CBPM, englobam depósitos de argilas, areia silicosa, ferro, ferro-titânio-vanádio, cobre, ouro, quartzo, feldspato, cianita e esmeralda. Em dois anos já se lançou a mesma quantidade de editais de licitação lançada desde a fundação da empresa há cerca de 30 anos. `O objetivo é aproveitar o momento positivo pelo qual vem passando o setor mineral em todo o mundo`, disse o presidente da CBPM, Nilton Silva Filho. De acordo com ele, o governo atual reavaliou as oportunidades minerais da Bahia e decidiu agir com mais agressividade, tornando disponível para o investidor do setor as oportunidades identificadas. O interesse pela potencialidade mineral do estado é grande e não se restringe as oportunidades oferecidas pela CBPM. De acordo com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão do Ministério de Minas e Energia, a Bahia liderou o número de requerimentos de pesquisa no ano passado, com 5.237 solicitações que representaram 19% do total entre os estados brasileiros. No período, o maior número de requerimentos foi para ferro, ouro, manganês, rochas ornamentais e níquel. Para o geólogo da CBPM Aloísio Andrade, a tendência nos requerimentos vem ratificar a performance dos bens minerais metálicos no mercado global. `Essas commodities vêm alcançando alto valor, com expectativas de um crescimento ainda maior.` (Gazeta Mercantil/Caderno C – Pág. 5)(J. P. M. F.)

Gazeta Mercantil