06/07/07

Disciplina, planejamento e foco nos negócios. Adotando essas três qualidades, é possível conquistar mercados mundo afora para os produtos goianos. Essa é a opinião do presidente do grupo JBS (Friboi), José Batista Júnior. O empresário discursou em nome dos representantes das empresas exportadoras goianas e aproveitou para fazer um depoimento sobre sua vida e os negócios familiares. Contou da origem do grupo, baseada em um açougue de Anápolis, até a recente compra da Swift e a conquista da liderança no mercado mundial de carnes. Júnior disse que o Brasil está passando por um ?momento maravilhoso? e seu grupo está atuando nos Estados Unidos, Austrália e Argentina, entre outros mercados, abrindo fronteiras quebrando paradigmas. Ele destacou ao apoio do presidente Lula e citou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se tornou sócio do grupo, pois acredita que uma companhia brasileira tem condições de ser líder mundial na área do agronegócio. O presidente do Friboi aproveitou a oportunidade para solicitar a Alcides Rodrigues a criação de um conselho empresarial com o objetivo de apoiar o desenvolvimento do Estado. Entretanto, para o governador o Fórum Empresarial já desempenha esse papel, por meio de uma parceria ?harmoniosa e respeitosa, colocando suas opiniões e reivindicações, que nunca deixaram de ser ouvidas pelo governo , com resultados positivos para as empresas goianas?. Desafio O diretor-presidente da Caramuru Alimentos, Alberto Borges, lembrou que a pauta exportadora goiana está se diversificando. O complexo soja, que já teve participação entre 65% e 70% nas vendas externas, agora responde por 45%. O grande desafio, segundo ele, é agregar valor à produção de soja, reduzindo a remessa de grãos in natura e transformando-os em farelo, biodiesel, frangos e suínos, pois a indústria goiana ainda registra capacidade ociosa. O gerente de Exportações da Sama S.A. Minerações Associadas, Marcos Aurélio Dutra, informou que as exportações de amianto cresceram 43% em dólar no primeiro semestre do ano sobre igual período de 2006. Para o ano, a projeção é de acréscimo de 30%. O avanço se deve à conquista de novos mercados, como o Vietnã, e à maior participação da Índia. Nesse quadro, a Sama tem investido em logística e desenvolve projetos de utilizar a via férrea para o transporte de parte do minério até o porto de Santos (SP). A Mineração Maracá, do Grupo Yamana, iniciou as exportações de concentrado de cobre extraído na mina de Alto Horizonte em março último, de acordo com o gerente geral da companhia, Alexandro Moura. Estão sendo remetidas em média 20 mil toneladas por mês principalmente para países europeus e para a Índia. ?Devemos fechar o ano com produção entre 220 e 230 mil toneladas de concentrado de cobre, dos quais mais de 90% desse total têm como destino as exportações?, afirmou.

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