01/06/09

A Indústrias Nucleares do Brasil (INB), ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, está retomando as pesquisas de urânio no Brasil. Em Goiás, a empresa vai reavaliar as ocorrências do minério, apontadas pela antiga Nuclebrás ainda na década de 80, localizadas no Nordeste do Estado, entre os municípios de Cavalcante e Montes Alegre.

A informação é do diretor de Recursos Minerais da INB, Otto Bittencourt Neto, que ontem veio a Goiânia participar do seminário energia e;mineração, promovido pela Federação das Indústrias do Estado (Fieg), dentro das comemorações do Dia do Geólogo, que é festejado hoje, no País.
Segundo ele, o mundo demanda urânio para fazer funcionar as usinas nucleares, como as de Angra I e Angra II, no Rio de Janeiro, para gerar energia elétrica, sem agredir o meio ambiente.
No Brasil, apenas a reserva de Caetité, na Bahia, está em produção, de 400 toneladas/ano do minério. As reservas brasileiras representam 6% do total mundial. O Canadá é o maior produtor mundial de urânio, com 25% do total, seguido da Austrália (19%).
Contudo, o governo federal quer acelerar as pesquisas de urânio para garantir a oferta do produto para atender as outras usinas nucleares, cerca de oito, que serão construídas nos próximos 20 anos, no Brasil. O custo de cada usina está projetado em R$ 8 bilhões.
Ainda no seminário, o presidente da US Uranium Corp, dos EUA, James Glen Baughman, falou sobre os investimentos em produção de urânio no Brasil, enquanto o senador Marconi Perillo discorreu sobre o tema energia e;mineração;no Brasil.
Além do urânio, o governo federal também pesquisa a ocorrência de reservas de gás natural em diversas regiões brasileiras, entre elas, na divisa dos municípios de Buritinho (MG) e Formosa (GO).
A superintendente de Definição de Blocos da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Kátia Duarte, informa que, nos próximos dois anos, será iniciada a perfuração de poços na região para dar andamento às pesquisas geológicas. ?Se encontrarmos gás na região, o gasoduto ligando o Centro-Oeste ao Nordeste do País, será viabilizado?, afirma. (Sônia Ferreira)

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