Empresa aposta na produção de potássio em Autazes
24/08/11
Com capacidade de produzir de 2 e 4 milhões de toneladas de Cloreto de Potássio (KCl) por ano no município do Autazes (a 113 quilômetros de Manaus), a mineradora Potássio Brasil – ao anunciar a segunda perfuração na região – informou que a Bacia Amazônica pode conter jazidas de classe mundial. O projeto está próximo às jazidas de Fazendinha e Arari, da Petrobras.
Nos próximos 12 meses a meta é perfurar pelo menos mais 20 poços na região de Autazes.
?Acreditamos que com,; pelo menos, mais dez furos positivos podemos quantificar o recurso mineral?, disse o diretor executivo da mineradora, Hélio Diniz.
O Furo PB-AT-11-09, anunciado ontem, tem teor de 39,94% KCl; e espessura de 1,82 metros a uma profundidade de 843,08 metros.
Esse intervalo inclui uma zona mais rica, com 1,59 metros de espessura e teor de 44,52 % KCl.
Os investimentos foram cerca de US$ 15 milhões na pesquisa, incluindo as sondagens, estudos geofísicos, ambientais e a engenharia.
A primeira reserva da empresa foi anunciada em setembro de 2010, quando o furo PB-AT-10-02 intersectou silvinita (minério de potássio) com 1,86 metros de espessura, a uma profundidade de 841,78 metros, apresentando um teor médio de 32,59 % KCl.
O projeto tem potencial para se tornar a maior fonte doméstica de potássio para os agricultores brasileiros. Isso porque a empresa tem acordos comerciais com grandes cooperativas agrícolas brasileiras para fornecimento do produto em condições vantajosas para os seus membros.
Potencial
Há grandes reservas de silvinita – rocha de onde se extrai o potássio – nos municípios de Itacoatiara e Nova Olinda do Norte, descobertas desde a década de 80.
A segunda maior reserva do Brasil está no município de Rosário do Catete, em Sergipe, com capacidade para produzir 840 mil toneladas ano.
O secretário de Estado de Geodiversidade, Daniel Navas, explicou que essas reservas de silvinita estão posicionadas entre duas hidrovias importantes, a dos rios Madeira e Amazonas. Pelo modal rodoviário, o minério pode chegar ao mercado consumidor do Centro-oeste através das BR-163 (Santarém-Cuiabá) e BR-364 (Porto Velho-Cuiabá).
O potássio é utilizado na indústria de fertilizantes.
Segundo a Secretaria de Estado de Geodiversidade, 92% do que é consumido pelo setor agrícola brasileiro é importado. A estimativa da Potássio Brasil é de que sejam necessários de 3,5 a 4 bilhões de dólares para produzir anualmente 4 milhões de toneladas de cloreto de potássio.
A Crítica – AM