Economia colombiana está mais dependente de petróleo e mineração
05/02/13
O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou, nesta segunda-feira, 4, que a economia da Colômbia está se tornando cada vez mais dependente dos setores de petróleo e mineração, uma tendência que representa um desafio para as autoridades locais. Segundo relatório do FMI, essa tendência está afetando as finanças públicas do país e o governo precisa adotar “medidas decisivas para dar impulso à competitividade, reduzir a elevada taxa de informalidade da economia, aumentar a poupança nacional e diversificar as exportações”.No entanto, o FMI elogiou o governo do país andino por suas políticas econômicas, que têm como foco manter a inflação contida e também reduzir seu déficit fiscal relativamente baixo. Ao longo dos últimos anos, a economia colombiana mostrou ser resiliente aos choques financeiros externos.
PIBA expansão do Produto Interno Bruto (PIB) da Colômbia mostrou sinais de desaceleração no segundo semestre de 2012, enquanto importantes setores, como construção, apresentaram um desempenho desapontador. O relatório do FMI afirma que “o crescimento da produção deve convergir em direção à sua taxa potencial” de 4,5% em 2013.
A inflação permanecerá contida em 2013, segundo o FMI. O órgão multilateral acrescentou que as expectativas de inflação para este ano estão “ancoradas no centro” da meta do Banco Central para 2013, que é uma banda entre 2% e 4%.
As baixas leituras de inflação têm proporcionado bastante espaço pra o banco central reduzir sua taxa de juro benchmark, com objetivo de tentar estimular o crescimento econômico. Por outro lado, o governo não tem agido para aumentar os gastos públicos e acelerar a atividade econômica. O relatório do FMI aponta que uma posição de política “neutra” era apropriada para 2013.
Se a economia começar a ter um desempenho abaixo da média, as autoridades locais terão “amplo espaço para fazer ajustes nas políticas”, diz o FMI.
O Fundo também afirma que a taxa cambial para o peso, que acumulou uma valorização de quase 10% frente ao dólar, em 2012, está basicamente em linha com os fundamentos, como o forte aumento no investimento estrangeiro direto para a Colômbia.
Valor