Distrito Industrial de Marabá atrai novos empreendimentos
28/01/10
Pelos menos 150 novos empreendimentos devem se instalar no Distrito Industrial de Marabá, região de Carajás, quando a segunda fase das obras de ampliação do local estiver concluída. A negociação dos lotes está sendo conduzida pela Companhia de Desenvolvimento Industrial do Pará (CDI), vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), e baseia-se em critérios técnicos que visam implantação imediata do negócio para geração de emprego e renda na região.
Toda a área do DI de Marabá está sendo ampliada e revitalizada. Até um centro de convivência dotado com modernas estruturas está sendo erguido no local, por meio do programa de desenvolvimento estadual, que contempla ainda obras nos DIs de Santarém e Icoaraci, além da criação dos parques de Ciência e Tecnologia.
O secretário Maurílio Monteiro, doutor em desenvolvimento sustentável e titular da pasta de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia, tem pontuado, em suas falas, a importância dos investimentos em obras estruturais como forma de atrair novos investimentos ao Estado do Pará. “A revitalização e a construção dos distritos industriais e três parques de ciência e tecnologia são formas de tornar competitivas não apenas uma empresa ou cadeia produtiva, mas uma região e o Estado como um todo”.
O outro vértice favorável à atração de investimento seriam educação, comunicação e transporte, com destaque para a hidrovia do Tocantins, que será viabilizada com a conclusão das obras das eclusas de Tucuruí previstas para maio de deste ano; o asfaltamento da Transamazônica, da Santarém-Cuiabá; como também a federalização da PA-150, no trecho entre os municípios de Marabá e Redenção. Para o secretário, todas estas ações dão ao Estado um novo modelo de desenvolvimento econômico, “que antes não existia”, completa.
O projeto de ampliação e revitalização do DI de Marabá compreende uma área 7,7 mil hectares, distribuídos em três fases distintas, sendo a primeira e a segunda fase com 5,3 mil hectares e a terceira com 2,4. Até março de 2010 estarão prontas as obras de recuperação e reestruturação do sistema viário da fase I e ainda o Centro de Convivência, com cinco mil metros quadrados. Segundo o engenheiro civil Marcelo Brito, responsável pela fiscalização da obra, por meio da Sedect, o andamento dos trabalhos está de acordo com o cronograma, que precisou ser ajustado, incluindo a duplicação do trecho de acesso e a implantação dos serviços de sub-base, base, drenagem e asfalto.
A primeira fase das obras vai contemplar as 11 siderúrgicas que já estão instalados no DI de Marabá, implantado em 1987, numa área localizada a 6 quilômetros da sede urbana do município. A partir de abril deste ano, vão começar as obras da segunda fase, que compreende a ampliação do distrito em 1,1 mil hectares. Nesta área serão abertos cerca de 150 lotes industriais destinados a diversos segmentos produtivos, como fibras ópticas, indústria metal-mecânica, movelaria, óleos essenciais e fitoterápicos, derivados de petróleo entre outros.
A terceira e última etapa das obras de ampliação do distrito industrial de Marabá vai contemplar as atividades da Siderúrgica Aços Laminados do Pará (Alpa), prevista para entrar em operação em 2013. Outros empreendimentos de produção de gusa, aciaria e indústria metal-mecânica também deverão ser implantados na área. O Governo do Estado quer aproveitar a vocação minério-industrial do município de Marabá para aumentar a geração de negócios, emprego e renda.
A inovação do projeto de revitalização e ampliação do DI de Marabá, orçado em R$ 11 milhões, está na construção do Centro de Convivência com cinco mil metros quadrados. O local será dotado de auditório com 200 lugares, salas de treinamento, consultórios médicos e odontológicos, setor administrativo, quadra de esportes e estacionamento. A expectativa do governo popular é gerar mais 4,4 mil novos empregos na cidade de Marabá.
Facilidade – A presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial do Pará, Ana Marly Lameira da Silva, já criou um corpo técnico especial para analisar os pedidos de aquisição dos lotes que serão abertos na segunda fase da obra de ampliação do DI de Marabá. Segundo a assessora da companhia, Silvia Cunha, qualquer empresa pode se habilitar à compra, aproveitando as facilidades que o governo do Pará apresenta.
Para participar do processo, as empresas precisam enviar à CDI propostas de compras juntamente com o projeto de instalação industrial. Caso seja aprovado o projeto pelo corpo técnico, a operação de venda é pactuada. Em seguida, a empresa paga um sinal de 20% sobre o valor da venda, podendo parcelar o restante do negócio em até cinco parcelas reajustadas pela variação do IGP-M.
Para evitar as chamadas especulações imobiliárias, a CDI estabeleceu um prazo de 180 dias, a partir da lavratura da escritura em favor do comprador, para as empresas iniciarem a implantação do projeto. A ideia do governo é fomentar a economia em curto prazo de tempo. As obras para a segunda fase do DI, onde serão abertos os lotes, devem iniciar em abril deste ano, com previsão de entrega para seis meses. As empresas interessadas podem enviar e-mail para o e-mail cdi@cdi.pa.gov.br.
Agência Pará de Notícias