Diretores da INB e do Ibama visitam Itataia
01/08/07
Segunda maior mina de urânio e fosfato do Brasil, Itataia pode viabilizar a reativação da usina nuclear Angra 3 Diretores da Indústrias Nucleares Brasileira (INB) e técnicos do Ibama visitam às 10 horas de hoje, a mina de Itataia, no município de Santa Quitéria, distante 222 quilômetros de Fortaleza. A visita, segundo fonte da Prefeitura de Santa Quitéria, tem o objetivo de realizar as avaliações finais, para concessão de licença ambiental para exploração da mina – único documento que falta para a abertura dos editais de concorrência e licitação das empresas que pretendem explorar o urânio e o fosfato de Itataia. Conforme antecipado com exclusividade pelo Diário do Nordeste, na edição da última sexta-feira, a INB busca parceiros para explorar a jazida, tendo em vista a possibilidade de reativação da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro. Fontes do mercado revelam que a Vale do Rio Doce, MMX Mineração, Bunge e Galvani Mineração já estão preparando suas propostas. A Tortuga também estaria pronta para investir na exploração de fosfato. A mina apresenta capacidade de produção de 800 toneladas/ano de urânio ? insumo básico para geração de energia nuclear, e ainda jazidas com 300 milhões de metros cúbicos de calcáreo, matéria-prima essencial na fabricação de cimento, além de 120 mil toneladas/ano de ácido fosfórico, próprio para fabricação de sais minerais animal e fertilizantes à base de fosfato. As reservas lavráveis da mina, cuja área é de 4.042 hectares, são da ordem de 8,9 milhões de toneladas de fosfato e de 79,3 mil toneladas de urânio, numa proporção de 100 de fosfato para uma de urânio.
Diário do Nordeste