CVRD planeja construir novo píer
29/07/07
Com 21 metros de profundidade, o cais deverá entrar em operação até 2011, para atender a demanda de cargas; Ainda que não informe valores de investimento, a Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) já está estudando a instalação do píer IV no terminal portuário de Ponta da Madeira, com 21 metros de calado (profundidade), para operar o embarque de minério de ferro, a principal carga da empresa. O início da obra não está definido, mas, de concreto, o novo cais estará operando até 2011. Segundo o diretor de Logística Norte da CVRD, Zenaldo Oliveira, a construção do quarto píer em Ponta da Madeira é necessária, tendo em vista a previsão de aumento de capacidade no sistema integrado mina-usina-ferrovia-porto, que até 2011 deve atingir produção superior a 200 milhões de toneladas de minério de ferro. O Terminal Marítimo de Ponta da Madeira é o segundo maior em movimentação no país, responsável pelo escoamento de 86% de toda a carga movimentada no estado. Atualmente, conta com a estrutura de três píeres e seis silos de estocagem de grãos, com capacidade estática de 122.500 toneladas, e suporta navios graneleiros de até 420 mil toneladas, como o Berge Sthal, o maior graneleiro do mundo, que só atraca em São Luís e em Roterdã, na Holanda. Em 2006, Ponta da Madeira movimentou 81,7 milhões de toneladas de carga geral – 9,8% a mais que em 2005. Foram embarcadas 75,3 milhões de toneladas de minério de ferro e pelotas; três milhões de toneladas de ferro gusa; 1,8 milhão de toneladas de soja; 1,2 milhão de toneladas de manganês e 428 mil toneladas de concentrado de cobre. Para este ano, com os investimentos realizados pela Vale do Rio Doce, estima-se que sejam movimentadas em Ponta da Madeira 100 milhões de toneladas de cargas, devendo chegar a 130 milhões em 2009. Ferrovia Além do aumento da capacidade do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira com a construção de pátios de estocagem de minérios, os investimentos de US$ 337 milhões aprovados para este ano contemplam também a Estrada de Ferro Carajás (EFC). Em relação à EFC, os investimentos prevêem a ampliação de novos pátios de cruzamento de trens (serão 56 até o fim do ano), na expansão de terminais ferroviários em São Luís e Carajás por conta do aumento da composição ferroviária, e para a duplicação da quantidade de viradores de vagões, que hoje são três. Até 2008, serão investidos US$ 192,2 milhões na ampliação dos pátios de cruzamento. Zenaldo Oliveira informou que após essa expansão, a CVRD pretende duplicar a Estrada de Ferro Carajás em alguns trechos, o que corresponderá a 400 quilômetros de linha férrea. Com 892 quilômetros de extensão, a EFC completou 22 anos em fevereiro passado. O transporte de minério pela ferrovia é feito em trem com duas locomotivas e 210 vagões, que movimentam ainda soja, ferro-gusa, manganês, cobre, combustíveis, veículos e fertilizantes. Ano passado, a ferrovia transportou 89,4 milhões de toneladas de cargas. Essas obras, tanto no porto como na ferrovia, além de fundamentais para o negócio da Vale do Rio Doce, se revertem em oportunidades para as empresas locais. Atualmente, a CVRD tem mais de 200 contratos ativos com empresas maranhenses e cerca de 1.500 fornecedores cadastrados. Do ponto de vista social, os investimentos da Vale geram emprego e renda no estado. Ano passado, por exemplo, foram gerados 13.108 postos de trabalho diretos e indiretos. Do total do contingente, 76% dos empregados diretos e 95% dos contratados são profissionais maranhenses.
O Estado do Maranhão