CSN retoma estudos para investir em Portugal
12/02/07
LISBOA, 12 de fevereiro de 2007 – A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) está mais próxima de realizar um investimento de US$ 400 milhões (R$ 844 milhões) em Portugal, depois de ter sido superada pela indiana Tata Steel no leilão do grupo anglo-holandês Corus. Antônio de Albuquerque Júnior, presidente da Lusosider, empresa portuguesa do grupo CSN, afirmou sexta-feira que o reforço da capacidade em Portugal “volta a ser muito importante no processo de internacionalização” da companhia brasileira.
Segundo Albuquerque, o investimento depende da negociação dos custos de movimentação portuária dos produtos da Lusosider. “O investimento mais do que dobra a capacidade de produção e movimentação de cargas da Lusosider, é importante que a exportação de produto acabado (nos portos) seja adequada a custos compatíveis com os internacionais”, disse o presidente da Lusosider, que participava, em Lisboa, do Fórum da Fundação Luso-Brasileira.
Benjamim Steinbruch, presidente da CSN, afirmou que o projeto de expansão de capacidade “está dependendo do grupo, é preciso estudar um pouco mais, é muito investimento”. A expansão começou a ser negociado no início de 2005, mas no ano passado, estava praticamente descartado, disse o presidente da empresa na ocasião. No atual momento das negociações, “o mais importante é a questão da logística, um compromisso mais difícil”, disse Albuquerque.
“Existem compromissos que foram discutidos com as autoridades portuguesas, uma agenda de ambas as partes, que estão sendo trabalhados, alguns já foram concluídos, outros estão em andamento”, disse o presidente da Lusosider.
A CSN prevê que o projeto de expansão da Lusosider gere um volume de exportação para Portugal próximo de ? 850 milhões (R$ 2,3 bilhões) por ano, uma vez que quase toda a produção será vendida para a Espanha e a França. De acordo com Albuquerque, o investimento maior será em uma segunda fase, depois de uma primeira direcionada ao aumento de capacidade e qualidade de produção, que envolve um investimento de ? 4 milhões (R$ 11 milhões).
A Lusosider passou ao controle da CSN em 2003, quando a siderúrgica adquiriu 50% do capital da empresa portuguesa. Em 2005, a CSN adquiriu os 50% restantes, passando a deter a totalidade do capital da empresa. (Agência Lusa – Gazeta Mercantil)
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