Crescimento do alumínio no Brasil depende de consumo interno
01/09/07
O aumento do consumo interno do minério depende da melhoria de condições econômicas da população brasileira O diretor de Assuntos Minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Marcelo Ribeiro Tunes, levantou a questão do futuro do alumínio no Brasil, durante Seminário ?Bauxita e Alumínio: Desafios e Perspectivas? (promovido pelo Instituto), realizado em Belo Horizonte (MG), nos dias 28 e 29 de agosto. Segundo ele, a preocupação do Instituto é pertinente diante do consumo interno brasileiro que ainda é pequeno, principalmente se comparado com países como os Estados Unidos e o Japão. O diretor geral adjunto do Departamento Nacional de Produção Mineral, João César, revelou que o consumo no Brasil é de 4 kg por habitante. E está muito longe dos EUA que consome 37 kg por habitante, e do Japão, com 31 kg por habitante. Para Ayrton Filleti, diretor técnico da Associação Brasileira de Alumínio, a produção de alumínio e as reservas de bauxita (matéria-prima do alumínio) brasileiras possuem um futuro brilhantes, desde que se melhore o consumo interno do minério. Ele afirma que isso só irá acontecer quando a condição econômica da população melhorar. Filleti explica que o alumínio é um metal mais caro que o aço, mas que a manutenção é nula. ?Na construção civil, por exemplo, se uma pessoa possui poucos recursos financeiros, ela escolherá colocar aço nas janelas de sua casa, e provavelmente, enfrentará problemas de manutenção?, disse. O futuro está na maior utilização de alumínio em carros A indústria automobilística é a que mais emprega o alumínio. De acordo com Filleto, 51 milhões de carros são produzidos por ano. O metal é também uma forma de economia no peso do automóvel. Se um caminhão-tanque, feito de aço, de aproximadamente 40 mil litros, fosse de alumínio, carregaria seis mil litros a mais de combustível. ?Isso melhoraria as condições de transporte, diminuindo o preço do frete. Mas as pessoas ainda não contabilizam esta economia. Em três anos, o caminhão todo em alumínio já estaria pago. E daí para frente, mais e mais lucro?, revelou Filleti. Fotos: Jair Campos
Assessoria de Imprensa do IBRAM