CP Cimento reduz prejuízo em 2006
03/04/07
SÃO PAULO, 3 de abril de 2007 – A venda ao grupo Votorantim e o plano de reestruturação de dívida da Companhia de Cimento Ribeirão Grande não conseguiram livrar a CP Cimento de um novo prejuízo em 2006, apesar de a empresa ter apresentado perdas menores. O prejuízo líquido ficou em R$ 39,3 milhões em 2006, ante a perda de R$ 97 milhões de 2005.
Segundo a companhia, o resultado foi prejudicado pela manutenção dos baixos preços do cimento praticados no ano passado, o que reduziu as margens de rentabilidade. O preço bruto da tonelada do cimento ficou, na média de 2006, em cerca de R$ 170 por tonelada, valor cerca de 32% inferior aos R$ 253onelada praticados em janeiro de 2005 e cerca de 16% abaixo do preço médio de R$ 202onelada praticado nesse ano.
A venda da participação acionária na Ribeirão Grande, vendida à CAL Itaú Participações, da Votorantim Participações, no valor de R$ 425,35 milhões, deverá ser concluída ao longo dos próximos cinco anos. Por isso seu impacto em relação ao prejuízo operacional de R$ 87 milhões foi apenas em parte.O faturamento líquido da companhia alcançou R$ 412,1 milhões, abaixo dos R$ 418 milhões do ano anterior. Na composição da receita, o faturamento do cimento caiu 6,5%, para R$ 303 milhões, apesar do aumento de 7,3%, para 2,43 milhões de toneladas, no volume comercializado. O crescimento da empresa no segmento foi abaixo da evolução de mercado, que apresentou alta de 8,33%, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento.
A queda da receita com cimento foi em parte compensada pela alta de 19,2% no faturamento com o concreto, área em que a companhia obteve alta de 9,38% nas vendas, para 585,7 milhões de m³. A empresa informou que o grupo pretende ajustar a quantidade de concreto produzida para um volume “economicamente mais favorável para o conjunto das operações da companhia”, informou, sem dar mais detalhes.
O Ebitda da companhia ficou negativo em R$ 31 milhões, ante um resultado positivo de R$ 29 milhões de 2005.
A operação de reestruturação de dívidas da CP Cimentos e da controlada Cimento Tupi, no valor de R$ 311 milhões, proposta de novembro passado, apenas foi fechada em março.
(Luciana Collet – Gazeta Mercantil)
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