Corus dá prazo à CSN para que apresente oferta formal de compra
27/11/06
A siderúrgica anglo-holandesa Corus Group anunciou nesta segunda-feira que irá dar à CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) mais tempo para que possa fazer uma oferta formal de compra.
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A Corus irá adiar uma reunião de acionistas, marcada inicialmente para o dia 4 de dezembro, para o dia 20 do mesmo mês.
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“A diretoria da Corus decidiu que é no melhor interesse dos acionistas da empresa que será concedido à CSN um prazo adicional para que sejam satisfeitas suas pré-condições e se determine se esta irá apresentar uma oferta formal”, informou a Corus em um comunicado divulgado hoje.
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As pré-condições seriam: realização de uma “due dilligence” (auditoria) sobre a Corus; finalização dos ajustes financeiros; e uma recomendação da diretoria da empresa aos acionistas.
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Neste mês, a CSN apresentou uma oferta de 4,75 libras (cerca de US$ 9) por ação da Corus –o preço da aquisição poderá chegar a US$ 8 bilhões. O preço oferecido pela CSN, no entanto, é apenas uma referência, segundo a empresa, e a oferta pode até ser retirada.
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A rival indiana Tata Steel, por sua vez, fez uma oferta de 4,55 libras por ação, que pode levar a oferta a US$ 7,7 bilhões.
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Desde a aproximação feita pela CSN a Corus vem fornecendo informações à siderúrgica brasileira a fim de atender suas pré-requisitos para que esta possa elaborar a oferta formal, segundo o comunicado.
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Na semana passada, a Tata Steel negou rumores de que tenha planos de aumentar sua oferta de compra da Corus. O diário financeiro “The Economic Times” informou na sexta-feira (24) que os diretores da Tata discutiram a possibilidade de elevar a oferta para 5,10 libras por ação.
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“A Tata Steel não tomou nenhuma decisão, tal como foi especulado na mídia, em sua reunião de diretores”, disse a empresa em um comunicado, divulgado pelo diário financeiro “Business Standard”. “A Tata não fará nenhum outro comentário sobre a questão e todos os comentários na mídia continuam a ser especulações.”
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Os órgãos reguladores de mercado e concorrência da União Européia estabeleceram um prazo até 3 de janeiro para decidir sobre a oferta da Tata à Corus.
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Segundo a CSN, uma fusão com a Corus poderia criar um dos cinco maiores grupos siderúrgicos do mundo, com faturamento anual de US$ 25 bilhões.
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O negócio seria também o segundo maior da siderurgia mundial neste ano, atrás apenas da fusão entre a Mittal e a européia Arcelor, que criou a maior empresa do setor.
Folha de São Paulo