14/07/09

As Indústrias Nucleares do Brasil assinam, no dia 23, contrato com a Galvani para exploração da minaUm pouco mais de um ano após escolher a sua parceira na exploração da mina de Itataia, as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) assinarão, no próximo dia 23, o contrato do Consórcio Santa Quitéria com a Galvani Indústria. A solenidade ocorrerá às 14h30 no Palácio Iracema, e contará com a presença dos presidentes e diretores de ambas as empresas.Logo depois do anúncio da Galvani como parceira da iniciativa privada, em 19 de junho do ano passado ? a INB é ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia ?, as duas empreendedoras começaram a trabalhar no contrato.O projeto executivo, que vinha sendo elaborado pela Galvani Indústria, e que traz toda a programação financeira e detalha as fases e processos do empreendimento, já está concluído, como informou, com exclusividade, o Diário do Nordeste na edição do último sábado. Agora, o projeto será levado ao BNB (Banco do Nordeste do Brasil), para que se possa ser liberado o empréstimo no valor de R$ 380 milhões.A empresa privada é a responsável por todos os investimentos na construção das usinas no local, orçados, quando acertada a parceria, em US$ 377 milhões. Como a reserva de Santa Quitéria possui o urânio associado ao fosfato e como o beneficiamento do urânio só pode ser feito, no País, pela INB, à Galvani caberá o trabalho de dissociar o fosfato do urânio, ficando com a comercialização do primeiro e repassando o segundo à INB.A exploração de Itataia será feita em duas fases. Na primeira fase, serão 180 mil toneladas anuais de fosfato, subindo, posteriormente, para 240 mil, o que representa cerca de 1600 toneladas/ano de urânio. O fosfato será destinado à produção de fertilizantes. Já o urânio será utilizado, inicialmente, na usina nuclear de Angra 3. Os prazos estabelecidos apontavam para a concretização da primeira fase em 2014 e, a segunda, em 2015.De acordo com a assessoria de imprensa da INB, a assinatura do contrato firma o compromisso entre as duas empresas na concretização do empreendimento no Estado.Já os problemas relacionados ao licenciamento ambiental ? relatados na edição do Diário do último sábado (11) ? estão sendo tratados em um outro processo. A jazida de Itataia, a maior reserva de urânio do Brasil, foi descoberta há cerca de 30 anos e, desde então, espera a viabilização econômica de sua exploração.
SÉRGIO DE SOUSARepórter

Diário do Nordeste