Como as más notícias, se bem comunicadas, podem colaborar com a segurança empresarial
08/10/21
Encarar as más notícias de forma positiva; entender que não existe uma solução única de estruturação que possa ser aplicada para as diferentes corporações e acreditar na existência do “cisne negro”. Essas foram algumas observações feitas durante o painel “Gestão de riscos ocupacionais X conjunturas organizacionais”, realizado no terceiro e último dia da EXPOSIBRAM 2021.
O evento, 100% online e gratuito, contou com as participações da consultora na Gerência Corporativa de Segurança de Processo da Petrobras, Gilsa Monteiro, e da CEO da Academy for Sustainable Innovation, Jennifer Hooper, tendo como mediador Hebson Nery, responsável Global pela Segurança Ocupacional da Vale.
Para saber mais sobre o que foi apresentado no painel assista à gravação no ambiente virtual da EXPOSIBRAM.
“A má notícia tem que ter espaço para ser exposta. Ela pode ser preventiva para acidentes. A notícia desconfortável ajuda os gestores a enxergar o problema a tempo de agir e evitar acidentes”, observou a engenheira química Gilsa.

painel “Gestão de riscos ocupacionais X conjunturas organizacionais”
De acordo com ela, a possibilidade da comunicação da má notícia está relacionada com a estrutura organizacional da empresa que, por sua vez, determina a “cultura” corporativa. Segundo a consultora, a segurança tem que estar no topo das organizações, com capacidade de atuação independente da produção. Porém, como observou, “não existe receita de bolo” e cada empresa tem que buscar a sua própria solução em termos de estruturação.
Nesse quadro, o papel do gestor ganha mais importância. Principalmente, quando ele entende que precisa mudar a cultura da empresa, como observou a engenheira canadense Jennifer CEO da Academy for Sustainable Innovation, “O acidente é o que você consegue ver acima da linha da água e para saber o que está abaixo é preciso entender a estrutura da empresa, sua natureza de poder”, afirmou.
O cisne negro – Ela afirmou que o ponto de partida para uma mudança de cultura é promover uma “conversa profunda e segura” com colaboradores dos mais variados segmentos. E o início dessa conversa é perguntar o que precisa mudar na empresa. Jeniffer liderou processos de mudança de cultura na Vale e assegura que se trata de um “processo muito rico”.
“Em segurança, o ‘cisne negro’ é visto como uma surpresa, aquilo que não se pode prever por ser raro. Porém, todo cisne será negro quando se está operando no escuro”, afirmou. Jennifer alertou para a necessidade de se acreditar no “cisne negro”.
Hebson Nery observou para a necessidade do engajamento de toda a empresa em um mesmo objetivo, para evitar o efeito ‘sanduíche’ que, às vezes, ocorre. Ele explicou: “Às vezes, acontece de a alta liderança estar engajada, querer uma mudança cultural; a ponta precisa dessa mudança, porque é a mais impactada, mas tem uma média gerência que está mais focada nos resultados e acaba amortecendo as questões quando se fala de segurança”.
Outro tema abordado pelos participantes foi o da importância de adequação da linguagem utilizada aos públicos às quais as comunicações são direcionadas. Nesse sentido foi destacado o papel da comunicação no alinhamento dos objetivos empresariais.
Patrocinadores
A EXPOSIBRAM 2021 conta com o patrocínio da Vale (Diamante), Ubertec (Platina), Anglo American (Ouro), Kinross Paracatu (Ouro) Nexa Resources (Ouro), Mineração Usiminas (Prata), Mosaic Fertilizantes (Prata), Volvo (Prata), Alcoa (Bronze), (AngloGold Ashanti (Bronze), Appian Capital Brazil (Bronze), ArcelorMittal (Bronze), BAMIN (Bronze), Cedro Mineração (Bronze), Gerdau (Bronze), Samarco (Bronze), Shell (Bronze), Netherland Business (Parceria Internacional) e Ouro Verde (Apoio).
SERVIÇO
EXPOSIBRAM 2021
5 a 7 de outubro – 100% online
Inscrições gratuitas – https://cutt.ly/TEPS5rg