Codelco: Aperto na China afetará cobre, mas EUA atenuarão efeitos
06/04/10
As potenciais medidas de aperto monetário na China afetarão o crescimento da demanda por cobre, mas o mercado vai se beneficiar da retomada do crescimento em outras regiões, como os Estados Unidos, avaliou a Corporação Nacional do Cobre do Chile (Codelco).
?De fato, estamos preocupados com a taxa de crescimento (da demanda) do cobre, posto que a China é muito importante para o mercado?, declarou hoje o executivo-chefe de Codelco, José Pablo Arellano. ?Mas, pelo momento, e se a China introduzir medidas para desacelerar um pouquinho, o resto do mundo está se recuperando.
Portanto, nós esperamos que haja alguma sincronia, com a possibilidade de os Estados Unidos se recuperarem primeiro, depois a Europa?, prosseguiu. A importância do crescimento da China, maior consumidor mundial de cobre, é inegável. A ampla modernização e a expansão da infraestrutura do país conduziram o aumento da demanda e, consequentemente, a significativa elevação do preço do cobre, produto bastante utilizado na construção civil.
De acordo com Arellano, a Codelco, maior produtora mundial de cobre, continua trabalhando com a hipótese de que o preço do metal não desabará mesmo que a China adote medidas para desacelerar sua economia. ?Nós continuamos esperando que a demanda por cobre continue forte, principalmente por causa da China.
Mesmo que a demanda dos chineses diminua um pouco, o país ainda se encontra em um estágio de desenvolvimento no qual o cobre é extremamente necessário: as cidades, a construção civil, as ferrovias, todas as atividades que a China vem promovendo dependem de uma intensa demanda por cobre?, afirmou. No entanto, persiste a preocupação com a possibilidade de Pequim intensificar os esforços para desacelerar sua economia, que continua em forte expansão.
Em março, a atividade manufatureira expandiu-se pelo 13º mês consecutivo. No quarto trimestre de 2009, o Produto Interno Bruto chinês cresceu 10,7%. Na semana passada, o preço do cobre atingiu US$ 7.940 por tonelada métrica na London Metal Exchange (LME), alimentado pelo aumento do apetite por risco por parte dos investidores e pela pressão sobre o dólar.
Agência Estado