21/09/07

A Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) lançou, ontem, nove editais de licitação para exploração comercial de áreas de mineração. São locais ricos em fosfato (região de Irecê), zinco (Mundo Novo), areia silicosa (Belmonte e Itapebi), talco (Brumado), barita (Contendas do Sincorá), níquel (Ponto Novo), ouro (Cansanção) e calcário (Mirangaba), totalizando mais de 275 mil hectares e abrangendo um total de 25 municípios, a maior parte no semi-árido baiano. A expectativa é que a exploração dessas nove áreas, aliada ao início das operações de duas novas fábricas ? a Companhia Brasileira de Betonita (CBB), em Vitória da Conquista, e a Mirabela, em Itagibá ? promete transformar a Bahia em quarto maior estado em receita de produção mineral, dentro de três anos. As concorrências públicas serão iniciadas no dia 12 de novembro e prosseguirão até dezembro. Durante o evento, realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), no Stiep, o presidente da CBPM, Paulo Fontana, destacou que a companhia, que é vinculada à Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração, jamais havia lançado nove editais simultaneamente, em quase 35 anos de atuação, feito que deve tornar a empresa auto-sustentável pela primeira vez. Entre os royalties que serão recebidos pela CBPM, o do níquel é um dos mais rentáveis, com valor de R$1,4 mil a tonelada. ?Hoje, a CBPM tem uma arrecadação mensal de R$60 mil, contra despesas da ordem de R$2,5 milhões. Além de tornar a companhia auto-sustentável, o objetivo do estado ao lançar essa concorrência pública é ajudar ao máximo o semi-árido baiano, tanto que das nove área a serem licitadas, oito estão na região?, declarou Fontana, anunciando que, até janeiro de 2008, outro grupo de editais será lançado para licitação, somando mais de um bilhão de toneladas e tendo como carro-chefe o ferro. Ele acredita que a maior parte das licitantes será de empresas multinacionais de grande porte, por conta do volume de recursos que deverão ser aportados para exploração. ?Essa megalicitação será de grande importância para a Bahia. Vai fortalecer o mercado de mineração local, elevar sua produtividade, e deve colocar o setor mineral como o segundo componente do PIB baiano?, destacou o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, Rafael Amoedo.

Correio da Bahia