Cargill sai na frente em batalha contra a Bunge
17/08/07
SÃO PAULO – A Cargill, por meio de sua controlada Mosaic Fertilizantes, saiu na frente na primeira etapa da briga que trava na Justiça com a Bunge. Tanto o relator como o revisor do processo que corre na 26ª Vara Cível da Capital paulista votaram a favor da anulação da assembléia-geral ordinária de abril do ano passado, que elegeu o conselho de administração da Fertifós e da Fosfertil. O julgamento foi adiado com o pedido de vista do terceiro juiz, Donegá Morandini. Com a ação, a Mosaic tenta retomar três assentos a que tinha direito no Conselho de Administração da Fosfertil. A Mosaic acusa a Bunge de abuso de direito e de violar a boa-fé nas relações empresariais. Alega que ela quebrou acordo de cavalheiros que permitia que três grandes concorrentes convivessem no comando de sua fornecedora e indicou sozinha os representantes do conselho da Fosfertil. O estatuto diz que a Mosaic tem direito a ao menos três das nove cadeiras do colegiado e que nenhuma decisão pode ser tomada sem a aprovação de, no mínimo, sete conselheiros. A Mosaic aponta de que o conselho é ilegítimo e foi constituído por meio de um golpe, aplicado contra os sócios minoritários – a Mosaic/Cargil e a gigante norueguesa Yara. A Fosfertil, que possui hoje conselho indicado pela acionista majoritária Bunge, diz que a fusão não pretende isolar os outros acionistas, mas apenas garantir a sobrevivência da empresa, exatamente contra os sócios que a acusam de irregularidades. A disputa envolve três sócios: Mosaic, Bunge e Yara, três das maiores empresas do setor de fertilizantes no mundo, que se associaram na holding Fertifós Administrações e Participações, controladora da Fosfertil e controlada pela Bunge. A Mosaic e a Yara são acionistas minoritárias. A proposta de união entre Fosfertil e Bunge foi anunciada pelas duas em dezembro, criticada em seguida pela Mosaic e, depois, atacada pela Yara. A empresa norueguesa protocolou no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) petição contrária à incorporação pelos efeitos adversos à concorrência que acredita que a união terá. A Cargill, por meio de sua controlada Mosaic Fertilizantes, saiu na frente na primeira etapa da briga que trava na Justiça com a Bunge. Tanto o relator como o revisor do processo que corre na 26ª Vara Cível da Capital paulista votaram a favor da anulação da assembléia geral ordinária de abril do ano passado, que elegeu o conselho de administração da Fertifós e da Fosfertil. O julgamento foi adiado com o pedido de vista do terceiro juiz, Donegá Morandini. Com a ação, a Mosaic tenta retomar três assentos a que tinha direito no Conselho de Administração da Fosfertil. A Mosaic acusa a Bunge de quebrar acordo de cavalheiros que permitia que três concorrentes convivessem no comando de sua fornecedora e indicou sozinha os representantes do conselho da Fosfertil. O estatuto diz que a Mosaic tem direito a ao menos três das nove cadeiras do colegiado e que nenhuma decisão pode ser tomada sem a aprovação de, no mínimo, sete conselheiros. A Mosaic afirma que o conselho é ilegítimo e foi constituído por “um golpe”, contra os sócios minoritários – a Mosaic/Cargill e a Yara.
DCI