BTG projeta lucro de US$ 5,7 bilhões para Vale no 4º tri
09/02/11
Segundo relatório divulgado pelo BTG Pactual, números da Vale devem mostrar que o crescimento no volume vendido compensou a baixa do preço do minério de ferro no quarto trimestre.
As estimativas da instituição financeira apontam para um lucro líquido de US$ 5,7 bilhões nos últimos três meses de 2010, uma queda de 3% sobre o trimestre anterior e uma alta de 273% ante o mesmo período no ano passado.
A receita líquida deve totalizar US$ 14 bilhões, mais que o dobro dos US$ 6,3 bilhões apurados um ano antes. Já a geração operacional de caixa, o chamado lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) deve ter crescido 344% na comparação anual, para US$ 8,4 bilhões.
Com base no fortalecimento do real, os custos devem continuar como uma questão fundamental no radar dos investidores, avaliam Edmo Chagas, Antonio Heluany e Humberto Meireles, que assinam o relatório do BTG.
“Vemos espaço para uma contínua pressão de custos pelo real fortalecido e pelo crescimento na produção, que será parcialmente compensada pelo reinício da maioria das operações canadenses de níquel após a greve”, avaliam os analistas.
O BTG também lembra a intenção da companhia de diversificar seus ativos. “Em nossa opinião, a busca pela diversificação além do minério ferro deve levar a aquisições de cobre, carvão e fertilizantes”, sinaliza o documento.
O BTG Pactual mantém a recomendação de compra para os recibos de ações da Vale negociados na Bolsa de Nova York (ADRs).
Os principais riscos citados para o papel são as possíveis flutuações da economia. “Investidores devem ficar atentos que as ações de mineração são voláteis e extremamente dependentes das demandas globais e do comportamento dos estoques”.
A divulgação dos resultados do quarto trimestre da Vale está prevista para o dia 24 de fevereiro.
Brasil Econômico